"O Benfica está a atravessar uma notória má fase. Não há, aliás, equipas que sejam imunes a períodos mais negativos. Aqui ao lado, o Real Madrid, depois de dezenas a ganhar, foi eliminado da Taça do Rei pelo Celta e perdeu na Liga.
No Benfica, a situação é tão mais estranha quanto, agora, tem mais jogadores à disposição, ainda que as lesões continuem a surgir a um ritmo pouco compreensível. O jogo no Bonfim, foi cinzento, de uma lentidão exasperante, sem a chama de que o golo era a natural consequência. Há jogadores que aparentam estar fisicamente nos limites. Nem serve de desculpa o jogo na passada quinta-feira, pois sete dos que jogaram em Setúbal não o fizeram contra o Moreirense. Visto de fora, dá a sensação que a equipa perde concentração, sem que nada o justifique. Por outro lado, é visível que as equipas menos fortes têm encontrado o antídoto para o modo de jogar do Benfica. O futebol da equipa tem sido demasiado previsível, ainda mais agora quando o único jogador, selvagem do plantel, Gonçalo Guedes, foi transferido. E tem havido também alguma falta de fortuna em momentos-chave dos últimos encontros.
Até há razões de crítica sobre o aparente concerto de más arbitragens que vêm acontecendo, mas não vale a pena pensar que foi só por isso que não se venceu ou houve dificuldades.
Há pela frente um necessário trabalho de recuperação física, mental e psicológica, quando faltam 15 jornadas, cada vez mais decisivas.
O Benfica continua líder. E a ter todas as condições para vencer este campeonato. Haja competência e capacidade para ultrapassar o que foi o frio mês de Janeiro."
Bagão Félix, in A Bola
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