"Pela terceira semana consecutiva escrevo que o melhor da nossa selecção é Fernando Santos. Sei que escrevo contra a corrente, mas firme na minha convicção. Quem acreditou sempre que ia a Paris foi Fernando Santos. Quem uniu o grupo foi Fernando Santos. Quem nunca perdeu um jogo oficial (14) como seleccionador foi Fernando Santos. Quem fez de um conjunto de jogadores (alguns com limitações óbvias para este nível) uma equipa foi Fernando Santos. Quem pôs Ronaldo a defender e jogar para a equipa foi Fernando Santos.
É por isso que domingo entramos orgulhosos em Paris, com Fernando Santos à frente de um grupo que ele soube inventar mesmo quando só Ronaldo voa assim e pára no ar para dar uma cabeçada no destino. Podemos perder (o mais provável) ou ganhar (era sonho) mas este foi um fantástico europeu e Fernando Santos um excelente treinador.
Os favoritos eram Bélgica, Alemanha e França (só), Portugal soube ser a grande surpresa, o intruso inesperado. Houve várias prestações acima do esperado, mas é Portugal o não favorito que está em Paris.
Resta-nos agora sonhar com a Dinamarca de 92 ou a Grécia de 2004 que também só começaram como artistas convidados, e acabaram com a Europa a seus pés. Gales fez um excelente europeu, o melhor da sua história, os seus adeptos a cantar The land of my father são uma imagem inesquecível daquilo que o futebol é capaz.
As pré-épocas não ganham nada (a do último ano foi má e a época foi excelente), mas este ano a calma e assertividade do Benfica merecem registo. Carrillo fica para ser campeão e Zivkovic é aposta muito prometedora. Tudo parece fazer sentido no reforço de uma equipa campeã, digo tricampeã, que lutará sem tréguas pelo tetra.
É já na próxima quinta-feira que começam os jogos treino, onde as promessas e as certezas se distinguem e onde cada adepto pode fazer de Rui Vitória com palpites e prognósticos."
Sílvio Cervan, in A Bola
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