"O Benfica fechou negócio, vendeu os direitos televisivos da transmissão dos seus 17 jogos em casa à NOS por 40 milhões de euros por cada um de dez anos, num total de 400 milhões de euros. O contrato está fechado por três anos, extensível a dez por decisão de qualquer das partes, e inclui a transmissão da BTV. Mas é, sobretudo, uma coisa: é maior negócio de sempre no futebol português. É muito dinheiro. O Benfica ganha por ano mais do que Porto e Sporting juntos (20,7 milhões no caso dos dragões, 15,5 milhões dos leões). O dinheiro cai como mel nas contas do clube, que estão em modo de austeridade por causa do elevado passivo. A NOS é o novo banco do Benfica. Está a financiá-lo. A dez anos.
Também Vale Azevedo vendeu direitos de transmissão a quem então financiou o Benfica, a SIC. Mas, naquela altura, o preço pago era mau, demasiado baixo. Este acordo tem um valor recorde para o momento em que vivemos. Resta saber se também o será dentro de dez anos. É isso que o Benfica cede, o seu valor futuro, em troca de um preço muito alto pelo presente.
Porquê tanto? Porque entraram em cena as operadoras de televisão, que até aqui não se tinham metido no negócio. A NOS jamais receberá em receitas de publicidade o valor que está a pagar por jogo: 2,35 milhões de euros. Mas fica com um atributo para captar e reter clientes imbatível, que também geram receita. Não se sabe ainda com que exclusividade ficará a NOS, ou se revenderá direitos a outras operadoras. Mas na guerra com o maior concorrente, a NOS pagou para ter, a MEO terá de pagar para ver."
Pedro Guerreiro, in Record
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