"O fundamentalismo clubista sempre foi o principal inimigo da Seleção Nacional de futebol. A ele se devem inúmeros fracassos internacionais de gerações talentosas que acabaram por não ter expressão para lá de Badajoz. É um mal, velho de décadas, que emerge cada vez que os clubes têm condições de fornecer mais elementos à turma das quinas. Aquilo a que se está a assistir hoje, embora lamentável, não é inédito, e devo assinalar que neste particular, puxando bem atrás o relógio do tempo, todos têm telhados de vidro.
Como é que se combate este vírus, que ameaça a coesão social em torno da equipa de todos nós? Com sensibilidade e bom senso. Felizmente, nenhum destes atributos falta a Fernando Santos, que enquanto ex-treinador de FC Porto, Sporting e Benfica, conheceu as motivações subjacentes neste processo.
O selecionador nacional sabe bem o que deve pedir a cada jogador e quando deve fazê-lo. Nesta gestão, ditada essencialmente pelo bom senso, está o segredo do êxito, e neste particular, com sete vitórias em sete jogos oficiais, Fernando Santos é incontestável.
Ser sensível à proximidade de um Real Madrid-Barcelona ou de um Sporting-Benfica não é um ato de favorecimento, é um momento de grande lucidez e enorme inteligência.
Na vida, há alturas para tudo e só por desonestidade intelectual pode colocar-se em causa a dispensa de Cristiano Ronaldo dos particulares da Rússia e do Luxemburgo. CR7 tem sido exemplar na Seleção Nacional.
PS- Rápidas melhoras a Fernando Gomes. Para que possa continuar o excelente trabalho à frente da FPF."
José Manuel Delgado, in A Bola
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