"Bem sei que o Benfica ainda não ganhou nada esta época, mas talvez seja esta a última semana que esta frase é verdadeira, por isso deixem-me festejar. Sei, também, que o campeonato era o principal objectivo da época, mas deixem-me festejar a Taça de Portugal, se a conquistar, com igual alegria. Sempre defendi a importância da prova e temos menos exemplares destes nas nossas vitrinas, é mais rara que campeonatos. Há mais de dez anos que não ganhamos a Taça.
Os clubes têm direito a festejar vitórias e heróis improváveis. Fico com a ideia de que o André Gomes é melhor e tem mais futuro que o Kelvin, mesmo que demore mais tempo a ser peça de museu.
No FC Porto não posso deixar de registar o nível e categoria do seu treinador. Num clube onde perder nunca tem muitas desculpas, onde a ambição (muitas vezes acima das possibilidades) é sempre máxima, Luís Castro voltou a ter declarações impecáveis, após uma derrota que deixa feridas na forma, no momento e na expressão.
O Benfica reduzido a dez, sem cinco dos teoricamente titulares (Oblak, Luisão, Fejsa, Markovic e Lima), sem Rúben e Sílvio suplentes de luxo hiper-utilizados, teve uma noite magnífica. Correu bem, mas se tivesse corrido mal, ficava a sensação que não se tinha feito tudo para ganhar. Detesto não fazer tudo para ganhar. Ganhar assim dá gozo, mas seria um gozo não ganhar a este FC Porto.
Provado que não tenho razão, estou rendido a um superlativo Enzo Pérez e à alma de quem o acompanhou.
Quaresma é tempo de Jesus e por isso neste momento (como em vários outros) dou-lhe graças.
Acredito que daremos início a um período, espero longo, de vitórias e títulos. Domingo é altura de começar pelo principal, ser campeão nacional pela 33.ª vez, com ambição de continuar.
Porque na verdade se continua a ouvir bem alto:
«Sou de um clube lutador que nuca encontrou rival neste nosso Portugal»."
Sílvio Cervan, in A Bola
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