Últimas indefectivações

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O puzzle de Jesus

"Como qualquer adepto facilmente anuirá, a equipa do Benfica, sem Witsel e sem Javi Garcia, ficou menos forte. Foi justamente pelas suas capacidades que pagaram mais de 60 milhões de euros por eles, e sem eles a equipa não será, obviamente, a mesma que seria com as suas presenças. É assim o mercado da bola, e neste caso concreto fomos 'vítimas' de uma autêntica avalanche de última hora, sem tempo para esboçar reacção.
Cabe agora ao treinador a difícil tarefa de encontrar as soluções tácticas e humanas que permitam ao Benfica manter as suas aspirações de pé, pelo menos até que, em Janeiro, lhe seja permitido voltar a equilibrar o plantel - quer com uma ou outra contratação cirúrgica, quer simplesmente com recurso aos jogadores emprestados que vamos mantendo espalhados pelo Mundo. E deve dizer-se, desde já, que Jorge Jesus é o homem certo para levar a cabo essa árdua missão.
Como tantas vezes o próprio tem lembrado, uma das suas atribuições passa por valorizar os activos que lhe são postos à disposição. As transferências milionárias de Di Maria, Coentrão, David Luíz, Ramires, Javi e Witsel (todas desde que Jesus chegou ao Benfica) são exemplos da forma competente como o tem feito. É verdade que traziam já o seu talento, mas se nos recordarmos do caminho que levavam as carreiras de alguns deles, perceberemos os méritos de técnico em tamanhas valorizações. Agora será, também ele, 'vítima' da qualidade do seu próprio trabalho.
Para o imediato, estou seguro de que poderemos contar com Matic (um jogador de classe), com o revitalizado Carlos Martins (um dos elementos mais em foco na pré-temporada), e com o mago Pablo Aimar, para fazer com que as baixas sofridas no plantel não tragam grandes consequências. Sem lesões (Deus nos oiça...), não tenho dúvidas que o Benfica poderá apresentar uma equipa competitiva, quer no Campeonato (onde já jogou com o SC Braga, e só defronta o FC Porto em Janeiro), quer na Champions League (onde, à excepção do Barcelona, mais ninguém nos deve assustar)."

Luís Fialho, in O Benfica

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