"«Quando íamos disputar o Mundial, também estávamos no final do campeonato, com mais de 70 jogos. São desculpas»
Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, sobre vantagem teórica dos sul-americanos no Mundial
O Brasil entrou em polvorosa após a primeira jornada da fase de grupos do Mundial de Clubes. O Palmeiras empatou com o FC Porto mas podia ter ganho e o mesmo aconteceu com o Fluminense frente ao Dortmund. O Botafogo ganhou ao campeão europeu PSG. E o Flamengo cumpriu a obrigação e bateu o Espérance de Tunis.
Logo no país irmão se traçou o cenário. Alguns europeus, como os portugueses Benfica e FC Porto, não competiriam pelo título no Brasileirão; e os brasileiros poderiam bater-se com qualquer equipa neste Mundial, até vencê-lo.
Depois, o Palmeiras empatou com o Inter Miami, o Fluminense empatou com o Mamelodi Sundowns, o Botafogo perdeu com o Atlético de Madrid e o Flamengo (já com o 1.º lugar do grupo garantido, é certo) empatou com o Los Angeles FC, e o ruído baixou.
Os europeus queixam-se do cansaço de uma época que não se percebe bem se está a acabar ou a começar. Mas não me parece que seja isso que lhes tira força — nos últimos quatro Mundiais de seleções disputados em junho/julho (a vitória da Argentina no Qatar foi em dezembro), o domínio da UEFA tem sido claro (11 pódios em 12 possíveis, com a Argentina a ser vice-campeã mundial em 2014). É verdade que a maior parte dos jogadores das seleções sul-americanas atua na Europa, esbatendo as potenciais diferenças de cansaço, mas mesmo assim…
A diferença maior, para mim, está no interesse. Para os brasileiros, o Mundial de Clubes é o grande torneio do ano, mais ainda neste formato. Para os europeus, é um entrave que dá algum dinheiro mas não se compara à UEFA Champions League.
Agora, a eliminar, com o título mais perto, mais dinheiro em jogo, mais tempo de adaptação às circunstâncias do torneio, é que se vai ver se os brasileiros estão assim tão próximos do nível dos europeus."

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