"A máquina de propaganda do FC Porto tem andado imparável nas últimas semanas. Desde o Diretor de Comunicação, Francisco J Marques, até Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto e membro do Conselho Superior do FC Porto, todos os “soldados” da nação azul-e-branca saltaram para a linha de combate. A intenção é a mesma de sempre: condicionar tudo e todos para que se tenha medo de falar sobre eles. E resulta. Quem não está alinhado rapidamente é posto na linha.
𝗢 𝘁𝗿𝘂𝗾𝘂𝗲 𝗱𝗼 𝗙𝗖 𝗣𝗼𝗿𝘁𝗼.
Ao apresentar Taremi na flash interview após o jogo com o Estoril, o FC Porto quebrou a normalidade. Não levou nenhum dos jogadores sugeridos por Luís Vidigal (o comentador da Sport TV que esteve na Amoreira) e, curiosamente, levou um dos jogadores que, teoricamente, faria até mais sentido proteger em função de recentes acontecimentos. O que pretenderam, pois, os responsáveis do FC Porto com esta decisão? Precisamente o que aconteceu. Esperar que fosse feita uma pergunta sobre a expulsão do iraniano em Madrid e, consequentemente, sobre as polémicas tentativas de simulação. A partir daí, estavam reunidas as condições para a estratégia de vitimização que se seguiu. O FC Porto mostrou-se indignado com a pergunta do repórter Tiago Peres Costa e utilizou essa alegada indignação para, entre outras coisas, justificar o prolongamento do silêncio de Sérgio Conceição.
𝗢 𝗮𝘁𝗮𝗾𝘂𝗲 𝗱𝗼 𝗰𝗼𝘀𝘁𝘂𝗺𝗲.
O repórter da SPORT TV, para além de ter sido “apertado”, in loco, logo no estádio, foi transformado naquilo que o FC Porto precisa/procura/cria/inventa sempre que dá jeito: o famoso “inimigo externo”. Francisco J Marques – a viver de incerteza na condição de arguido – abriu as hostilidades e considerou “vergonhoso” o comportamento do repórter. Rui Moreira escolheu um caminho ainda mais lamentável ao usar as redes sociais para classificar a pergunta como “provocação abjeta”. Uma atitude penosa para alguém que, por muito adepto que seja, tem a obrigação de se exprimir ao nível da sua função. O FC Porto no seu melhor.
𝗖𝘂𝗹𝘁𝘂𝗿𝗮 𝗱𝗲 𝗮𝗿𝗿𝘂𝗮𝗰̧𝗮.
Não é a primeira vez, nem a segunda, nem a terceira e muito menos será a última que o FC Porto tenta intimidar jornalistas e silenciar comentadores. Há casos sobejamente conhecidos – aliás, vêm desde os famosos tempos do falecido Marinho Neves – de agressões, esperas, ameaças em forma de telefonemas anónimos, pedradas aos automóveis dos repórteres e múltiplos estratagemas para condicionar a atividade dos profissionais da informação. Num passado mais ou menos distante, houve jornalistas agredidos no Estádio das Antas e no Dragão. Houve queixas, processos e condenações, mas foram ainda mais os casos que, por medo, acabaram silenciados. Há dois anos, felizmente, houve imagens de um “alto quadro” do FC Porto (Pedro Pinho) a agredir um operador de câmara da TVI/CNN Portugal, com Pinto da Costa, dois metros ao lado, a assistir impávido e sereno. No fundo, a ser cúmplice.
𝗟𝗲𝗶 𝗱𝗮 𝗺𝗼𝗿𝗱𝗮𝗰̧𝗮.
A comunicação social em geral está condicionada aos superiores interesses de quem domina o futebol português como se de uma ditadura se tratasse. E se dúvidas houvesse, elas acabam de ser desfeitas nas últimas horas.
Primeiro a ELEVEN SPORTS, que cedeu à pressão coerciva dos responsáveis do FC Porto e se viu na obrigação de demitir um colaborador que, durante um jogo do Masters de Madrid do World Padel Tour, teve a ousadia de afirmar: «Não há Taremis aqui», para elogiar a honestidade de um jogador. A estação, totalmente subjugada pelos poderes do futebol português, ainda lamentou o comentário infeliz e escreveu que não se revê nesse tipo de comportamentos, mas o autor das palavras já tinha o destino irremediavelmente traçado. Se o colaborador da Eleven Sports devia ter evitado esse comentário? Óbvio que sim. Mas o Taremi também podia evitar comportar-se como um parvinho com aquelas simulações ridículas.
Depois foi a SPORT TV, um dos braços armados da FPF e do FC Porto, a rescindir com Jaime Cancella de Abreu depois das suas declarações – absolutamente legítimas - no programa 'Aposta Tripla' de sexta-feira. Cancella de Abreu abordou a dispensa de Pepe da Seleção Nacional e apontou críticas à Federação, nomeadamente ao facto de a Gala 'Quinas de Ouro' ter decorrido num dia em que arrancou a concentração da seleção e ao facto de a Casa do Benfica de Loures, campeã europeia de futebol de praia, não ter sido convidada para esse evento. Fernando Gomes não gostou e exigiu à SPORT TV o afastamento imediato do comentador benfiquista. As palavras terão sido certeiras pois se assim não fosse não existiria uma reação tão drástica.
𝗣𝗼𝗿 𝗳𝗶𝗺, 𝗱𝗼𝗶𝘀 𝗽𝗼𝗻𝘁𝗼𝘀 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗼𝘀 𝗾𝘂𝗮𝗶𝘀 𝗶𝗺𝗽𝗼𝗿𝘁𝗮 𝗿𝗲𝗳𝗹𝗲𝘁𝗶𝗿.
1. Se a Federação exerce influência numa entidade externa, a SPORT TV, a ponto de determinar o despedimento de um colaborador, o que fará a organismos diretamente por si tutelados, leia-se o Conselho de Arbitragem e o Conselho de Disciplina? Dá que pensar.
2. Jaime Cancella de Abreu despedido da SPORT TV, comentador despedido da Eleven Sports. O que ambos têm em comum? Um falou do Pepe, o outro do Taremi.
𝗔𝗳𝗶𝗻𝗮𝗹 𝗾𝘂𝗲𝗺 𝗺𝗮𝗻𝗱𝗮?"
Quem manda é PdC. O dono desta corrupção toda.
ResponderEliminarDuas notas:
ResponderEliminarOs jornalistas são sovados em direto na televisão e ninguém se indigna, nomeadamente colegas de profissão. Cobardia no seu melhor.
Pinto da Bosta não é cúmplice nas agressões. É o mandante e o autor moral de todo o clima de terror que se vive no frutabol português. O Benfica tem feito alguma coisa para pôr termo a este estado de coisas, mas diria que trm que fazer MUITO mais!
Nené