Últimas indefectivações

sábado, 12 de fevereiro de 2022

Bancadolândia


"Para chegar à noite de 7 de Fevereiro em Tondela, parto de Fafe. Foi ali que, 48 horas antes, em território minhoto, as bancadas vibraram, pularam, transbordaram de emoções no acompanhamento do frenético espectáculo de futebol oferecido na quadra. Na garra, na raça, naquela registo de dar tudo até ao último pingo de sangue, de antes quebrar do que torcer, as tetracampeãs nacionais honraram a camisola do Benfica e os créditos que lhes conferem estatuto na modalidade. Vencedoras... é isto!
Visto o que fizeram, visto o que lutaram, visto o que jogaram, visto o que correram, visto o que batalharam para ganhar aquele duelo com o respeitoso e apetrechado rival Nun'Álvares, como não desejar abraçá-las quando os 40 minutos de jogo se esgotaram? Como não querer ovacioná-las de pé? Individualizando, como conter um daqueles louvores que nos enchem o peito perante a majestosa tenacidade exibida em campo pela capitã Inês Fernandes? Exemplo... é isto!
Agora, sim, portas franqueadas no Estádio João Cardoso. Os desempenhos da equipa A de futebol nas últimas semanas esvaziaram expectativas e derreterem optimismos intensos como o que partilhei aqui noutras linhas, quando ainda havia mais estrada para andar, distâncias menos expressivas para anular na guerra do título e, assim sendo, esperanças legítimas para fundamentar, argumentar e confiar.
Mas, finalmente, houve vislumbre de uma boa notícia no jogo da Beira Alta observou-se no coletivo do Benfica intensidade, determinação, fibra, organização e capacidade para criar e capitalizar oportunidades de golo. Deslumbrante... não foi, mas o nível satisfatório que conduziu a uma vitória tranquila permite, no mínimo, armar e lançar uma pergunta: importam-se de repetir? Treze vezes no Campeonato, pelo menos, tantas quantas as jornadas que restam disputar até Maio. Exigência... é isto!
Já agora, estenda-se a questão à arbitragem. Importam-se de repetir? Afinal, parece que, existindo vontade, ainda é possível ajuizar e dirigir partidas de futebol fora do perímetro dos holofotes, reservando-se o protagonismo para quem motiva os adeptos a pagar quotas, bilhetes e a mobilizaram-se para assistir aos jogos, seja onde e quando for. Respeito... é isto!"

João Sanches, in O Benfica

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