"No próximo 9 de Outubro, os sócios do Sport Lisboa e Benfica vão escolher quem estará à frente dos destinos do clube até 2025. Nada de novo na história do Glorioso, que tem eleições democráticas dos seus órgãos sociais desde a sua fundação, em 1904. Primeiro, os dirigentes eram eleitos por um ano (até 1967), depois passaram ser mandatos de dois (até 1989), de três (até 2012) e de quatro anos, a partir de 2012.
Mesmo durante a noite escura, de 1926 a 1974, nunca o Sport Lisboa e Benfica deixou de cumprir os seus valores democráticos. Já o mesmo não podem dizer os rivais desportivos do Campo Grande e das Antas, famosos pelas ligações dos seus dirigentes ao antigo regime.
Se, no início da história do SLB, a norma foi a continuidade das direcções graças à criação de consensos, a partir da década de 1960, os ventos democráticos passaram a soprar mais fortes, e vários candidatos à liderança foram surgindo, dos seus mais variados quadrantes políticos, mesmo contrários à influência salazarista.
É por isso, que enquanto adepto, fico realmente feliz com a decisão de atual direção de se proceder à cobertura mediática das eleições de 9 de Outubro nas plataformas de comunicação do Clube. Tempos de antena, entrevistas individuais e debate na BTV, espaço neste jornal e colocação dos programas eleitorais no site são medidas que só ficam bem à história centenária do Glorioso. O que desejo é que estes momentos seja aproveitados para explanar e discutir ideias e projetos para o SL Benfica de forma saudável. E que não sejam apenas oportunidades para ataques pessoais, lavar de roupa suja e extensão das guerrilhas das redes sociais.
Que no fim vença o Benfica."
Ricardo Santos, in O Benfica
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