Últimas indefectivações

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Reconfinar...


"Pareciam já remotos os dias do 'Arco-Íris' da esperança, das palmas à janela, ou das conferências de imprensa ansiosamente aguardadas. Só que, infelizmente, depois de um verão que nos devolveu o sol e de um Natal que nos trouxe vacinas de esperança no sapatinho, a realidade viral impôs-se novamente. Nua e crua como só um micróbio acéfalo sabe ser.
Mas desta vez não nos pega totalmente desprevenidos. Cometemos alguns excessos e porventura facilitámos colectivamente, sedentos que estávamos de normalidade, mas já todos interiorizámos gestos como desinfetar as mãos, usar máscara, cumprimentar de cotovelo afastarmo-nos um dos ouros, guardar a tosse e o catarro e, quando não, usar o cotovelo dobrado. Definitivamente, andamos mais por casa, interagimos menos e encontrámos novas formas de trabalhar, porque parar não é opção!
Nada disto nos tira a saudade de uma existência em liberdade total, um quase estado de graça em que vivíamos e não sabíamos, que não valorizávamos de todo como hoje. Nada disto nos devolve, ainda, o bruaá do estádio cheio, o turbilhão de ores e o frémito de multidão ávida do golo, pronta a explodir em alegria mal chegue.
É verdade, mas a nossa resiliência em manter e reforçar os novos hábitos, junto com um par de vacinas e uma esperança férrea, são seguramente, se não o único, pelo menos o melhor passaporte para a normalidade!"

Jorge Miranda, in O Benfica

1 comentário:

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