"Júlio César, guarda-redes do Benfica, decidiu colocar ponto final na sua relação com os encarnados. Aos 38 anos, tricampeão em Portugal (81 jogos de I Liga disputados), depois de ter sido pentacampeão de Itália ao serviço do Inter de Milão (228 jogos realizados na Série A), clube com que se sagrou campeão europeu, sendo eleito melhor guarda-redes da UEFA em 2009/10 e contando no currículo com 87 internacionalizações A pelo Brasil, Júlio César terá entendido não estar nas melhores condições para prosseguir a sua aventura na Luz.
O futebol português deve estar agradecido a uma grande figura do panorama internacional, como Júlio César, pelo que de bom mostrou entre nós, especialmente na primeira temporada, e pela visibilidade externa que deu ao nosso campeonato. Júlio César despede-se de Portugal, como fizeram no passado monstros sagrados das balizas como Ferenc Meszaros, Joseph Mlynarczyk, Peter Schmeichel, Michel Preud'homme, num caminho que também estará a ser trilhado por essa lenda do futebol mundial que dá pelo nome de Casillas. Na simbologia do cemitério de elefantes, Portugal teve muito gosto em recebê-los. Embora a busca dos nossos clubes esteja essencialmente virada para promessas susceptíveis de serem potenciadas, não será demais lembrar a importância que grandes jogadores em fim de carreira têm assumido no futebol nacional, de Teófilo Cubillas a Salif Keita, passando pelo incontornável Pablo Aimar. Não é por este tipo de contratações que os clubes lusos se têm dado mal. O problema é quando contratam jogadores estrangeiros indiferenciados, por razões abstrusas..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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