"Na apresentação do lançamento da moeda de Carlos Lopes, incluída no âmbito dos Ídolos do Desporto, o presidente do conselho de administração da Casa da Moeda, Gonçalo Caseiro, teve todo o cuidado em frisar que o campeão olímpico não era o segundo desportista a ser homenageado a seguir a Eusébio.
E para valorizar ainda mais o momento solene no Pavilhão Carlos Lopes, Gonçalo Caseiro adiantou que seria injusto considerar, a título de exemplo, se Rosa Mota fosse a terceira individualidade a pertencer à colecção. Os campeões estão sempre em primeiro lugar. Chegam sempre à frente dos outros e têm uma classe ímpar. Isto vem a propósito da contagem decrescente para a comemoração dos 100 anos da Federação Portuguesa de Atletismo em 2021. Não faltam campeões olímpicos, recordistas mundiais e europeus e centenas de medalhados para dar lustro à grande gala do centenário.
Infelizmente, o atletismo é a única modalidade em Portugal que se pode orgulhar de ter quatro campeões olímpicos, Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Nelson Évora, e só um está no activo, o triplista do Sporting. Na cerimónia, Lopes voltou a insistir que esta homenagem podia ser um bom incentivo para os mais novos. Não há qualquer dúvida. E a família do atletismo deve estar orgulhosa para receber o testemunho vivo de quem ajudou a conquistar mais de duas centenas de medalhas em grandes competições. Numa altura em que é tão fácil fazer uma selecção sem ser necessário olhar para as alíneas dos critérios – nem abunda a qualidade de outrora nem a quantidade – seria bom perceber se poderemos ter um caminho risonho e se a passagem dos 100 anos pode ser um motivo de viragem."
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