"Olha-se para o topo da classificação e parece ser a Premier League. Melhor do que ela, até, dada a proximidade pontual entre os cinco primeiros, 15 jornadas disputadas em Inglaterra e 13 em Portugal. Lá, o Tottenham, que é o quinto e este domingo perdeu com o Manchester United de Mourinho, está a 10 pontos de distância do Chelsea, que lidera. Por cá, o Vitória de Guimarães ocupa a quinta posição e apresenta menos oito pontos do primeiro, que continua a ser o Benfica, o qual recuperou conforto resultante da vantagem de quatro pontos para o segundo lugar, que passa a ser propriedade do FC Porto, empurrando o Sporting para terceiro, a cinco.
Parece a Premier League, mas só isso, porque enquanto no campeonato inglês em todas as semanas há jogos especiais, de enchermos estádios e gerarem emoções muito, muito intensas, na liga portuguesa, bem mais modesta desse ponto de vista, vamos ter de esperar até Fevereiro do próximo ano, altura em que haverá outro clássico, daqui a sete jornadas, quando o Sporting jogar no Dragão. De toda a maneira, este derby foi dos bons, dos que arrebatam e agarramos adeptos de ambos os clubes do primeiro ao último minuto.
Afinal, não houve mudança de líder e as crises anunciadas não se confirmaram. De repente, o FC Porto começou a ganhar e a marcar (dez golos em três vitórias) e o Benfica, a quem se prenunciava gigantesca tempestade, pode não ter rubricado uma exibição maravilhosa, mas marcou dois golos e sofreu um, por isso venceu. Uma evidência, com certeza, mas as coisas são assim, e foi assim, com pouco investimento estático e muito sentido de realidade, que Porgugal se sagrou campeão da Europa. Vitória ganhou à Fernando Santos, com sangue, suor e lágrimas, mais sorte. É a vida."
Fernando Guerra, in A Bola
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