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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Luta entre operadores é por conteúdos

"De forma fria e desapaixonada, é o mercado que diz quais são os maiores clubes. O resto é para consumo básico e nada mais...

As duas principais plataformas de distribuição de televisão por cabo a operar em Portugal, a NOS e a Altice/MEO, estão envolvidas numa luta sem quartel pelo controlo de conteúdos. O futebol, que gera dos mais vistos programas de TV, surge na primeira linha desta disputa que também vemos replicada noutras latitudes e com diferentes protagonistas. A boa notícia para a indústria do futebol (e não só, porque cada vez mais as restantes modalidades são solicitadas e ganham espaço de referência nas grelhas de programação) é que da crescente procura derivarão, num futuro próximo, benefícios financeiros mais apelativos. Por mais que alguns dirigentes tendam a envolver-se em guerras de alecrim e manjerona em torno da dimensão social dos seus clubes, a única resposta honesta, desinteressada e realista é a que é dada pelo mercado. Porque a este não importam as contas da paixão mas, unicamente, a rentabilidade. Raramente se enganam e nunca têm dúvidas. Assim se explica o contrato celebrado entre o Benfica e a NOS e a previsível melhoria de condições (embora Sporting e FC Porto se encontrem vinculados com a PPTV até 2018) dos restantes emblemas. Quer isto dizer, e foi o Benfica a colocá-lo a nu através de uma estratégia audaciosa que passou pela BTV, que os clubes têm recebido pelos direitos televisivos menos do que o mercado sugeria; e que há ainda margem de progressão. Que seria maior ainda com centralização... 

FC Porto, ao 'sprint'
No dia dois de Janeiro de 2016, em Alvalade, joga-se o Sporting-FC Porto mais aguardado dos últimos anos, com o título nacional de futebol como pano de fundo. Com os leões envolvidos numa guerra sem tréguas com o Benfica, não era difícil projectar, para a época natalícia, uma escalada envolvendo também o FC Porto, para apimentar o clássico à medida de Jorge Jesus e ao estilo de Bruno de Carvalho. Porém, o rastilho não foi acendido a partir de Alvalade mas sim do Dragão. O FC Porto decidiu regressar ao ciclismo, algo que se saúda, e fê-lo ganhando ao Sporting, num sprint renhido, a luta pela W52. Como vão reagir os leões a esta lança em África de Pinto da Costa, regressado por via velocipédica às grandes jogadas mediáticas que marcaram os melhores momentos do seu consulado?

As novas metas do Benfica, segundo LFV
«Os presidentes que me sucederem vão encontrar um Benfica mais credível, mais português e com dívida residual»
Luís  Filipe Vieira, Presidente do Benfica, in Expresso
É um bom exercício, do ponto de vista da análise, comparar o Benfica de 2003 e o de agora e revisitar os passos que foram dados por Luís Filipe Vieira ao longo dos últimos 12 anos. Lembram-se dos três pilares, financeiro, infraestrutural e desportivo? Pois a verdade é que a cada ano que passa o projecto se mostra mais sólido e fiável. E o mais difícil é sempre a gestão desportiva...

ÁS
Luís Filipe Vieira
O negócio com a NOS é suficientemente generoso para sustentar uma política de recuperação financeira que coloque o Benfica a salvo das limitações provocadas pelo serviço da dívida. E, ao mesmo tempo, podem ser reforçados os meios para um melhor enquadramento competitivo dos talentos do Seixal.
(...)

DUQUE
Pedro Proença
Silencioso perante o ruído da refrega entre Sporting e Benfica, contrária aos interesses da indústria do futebol; imponente face à negociação do Benfica com a NOS que sentenciou a centralização; incapaz de afirmar a autoridade da Liga de Clubes. Pedro Proença, sem dúvida um peixe fora de água nas funções que exerce...

A vida difícil de José
O Chelsea não atina. Depois de alguns resultados mais promissores a derrota de sábado passado, em casa, frente ao modesto Bournemouth, a poucos dias de receber o FC Porto, lançou novamente, os blues de Stamford Bridge num mar de dúvidas. É uma caso de estudo. Do céu ao inferno em poucos meses, ou como o campeão de Inglaterra luta pela permanência, dará, por certo, belas teses académicas. José Mourinho bem tenta encontrar a fórmula mágica mas por mais voltas que dê não acerta. Um desafio para os apostadores. Fica ou sai?

O regresso dos sevens em época de Rio/16
O Dubai foi palco do primeiro torneio da World Series de 2015/16: as Fiji dominadoras, Estados Unidos de top, Inglaterra e França muito mais fortes. Além dos clássicos Austrália e África do Sul e de uma Nova Zelândia que se prepara para ser reforçada com Sonny Bill Williams. Portugal? Jovem. Fraquinho. Luta com Japão e Rússia. Desce um..."

José Manuel Delgado, in A Bola

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