"Cabo Verde - um país com 10 ilhas e 500 mil habitantes, que atingiu uma fase de maturidade política e social que constitui um exemplo no continente africano - ficou apurada para a fase de grupos de qualificação para o Mundial-2018.
Rui Águas é o seu seleccionador. Fiquei satisfeito com este obstáculo já ultrapassado, não só por se tratar de Cabo Verde, como por ter sido alcançado pelo antigo atleta do Benfica. Recordo, aqui, a surpresa que constituiu a histórica vitória dos Tubarões Azuis sobre Portugal por 2-0, no Estoril, em Março deste ano. Águas tem feito um trabalho tão discreto, quanto eficiente. Um homem de futebol que sabe ser prudente e sagaz, atento e criterioso, sensato e sabedor. Também como jogador assim sempre o vi, não olvidando momentos gloriosos que viveu no Benfica, um dos quais foram os seus soberbos golos na meia-final da Taça dos Campeões Europeus contra o Steaua de Bucareste. Mas, falando em Rui Águas, não posso esquecer o privilégio que tive em ver jogar o seu pai, José Águas, um jogador fino, eficaz, elegante e correcto como pouco agora se vê. Ao escrever este texto sobre Rui Águas não esqueço os muitos treinadores e seleccionadores portugueses que, por esse mundo fora, honraram a escolha e prestigiaram Portugal. Nem os muitos jogadores cabo-verdianos que jogam ou jogaram em Portugal com qualidade.
Ao que li, há um clima tenso entre o novo presidente da federação cabo-verdiana e o seleccionador. Situações que se repetem amiúde por esse mundo fora, sobretudo quando entram em cena, egoísmos e invejas corrosivas. O certo é que Rui Águas já marcou o futebol do arquipélago."
Bagão Félix, in A Bola
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