"É raro eu perder uma hipótese para desatar a elogiar nestas páginas. Porque entendo que o desporto tem uma dimensão convocatória que nem a avidez dos negócios estraga. E mais: pela heroicidade que os desportistas amiúde demonstram.
FALEMOS de dois atletas excepcionais que não pereceram ao declínio depois da glória. Nelson Évora e Telma Monteiro. Nelson já foi tudo. Depois, foi atraiçoado por lesões graves. Há um ano, anunciou que voltaria a estar entre os maiores. Trabalhou como ninguém. E ei-lo de novo, não como campeão, mas apurado para as finais do triplo salto dos Mundiais de Pequim. Quem não conhece a história pode achar que é pouco. É imenso. É uma superação incrível. É um orgulho descomunal que nos provoca.
TELMA ficou em sétimo no Mundial de judo. Também talvez pareça pouco. Mas quem sabe o que esta atleta já conquistou - para ela e para nós - tem de explodir de orgulho quando a ouve dizer que 'esta portuguesinha' vai voltar. Não me interessa se não aceitou a decisão do árbitro. Interessa-me que queira vencer a adversidade pela força. Treinando. Lutando.
SE pudesse, dedicava este texto à extraordinária Naide Gomes. Lutou e ganhou. Depois lutou e perdeu. Mas convocou o melhor que o atletismo nos pode dar. Obrigado, Naide.
A derrota do Sporting na Champions é um problema financeiro. Mas basta ao Sporting olhar para os seus atletas para perceber que não só o dinheiro não é tudo como às vezes é nada para a vontade. O impensável não é impossível. O futebol tem muito a aprender com o atletismo. Nós também."
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