"Jorge Jesus entende o 'jogo falado' é simples. Complicado é o 'jogo falado', porque são os golos que desenham os títulos e não as palavras. A Liga portuguesa veste-se, porém, de peculiaridades que não se enxergam a olho nu nos principais campeonatos europeus, por não existirem, simplesmente, ou por ninguém lhes atribuir especial significado.
«Há uma intenção clara em que não se fale na nomeação de Capela. Quem fala de mais é porque tem uma intenção diferente», declarou Lopetegui.
«Não gostamos que nos desvalorizem e tentem branquear o que o Benfica tem feito neste campeonato», ripostou Jesus.
Bate boca normal, até aqui, não se desse o caso do treinador do Gil Vicente entrar em cena, embora «surpreendido mas não preocupado» com o árbitro nomeado.
«Ligaram-me da Austrália e de França surpreendidos. O mundo está surpreendido com a nomeação de Capela», afirmou José Mota, do qual Paulo Fonseca, à data treinador do FC Porto, dizia não recordar-se de o ver perder um jogo sem se queixar das arbitragens... Agora, com uma novidade, porém: reclama com um dia de antecedência e também com algum descuido.
Para o campeonato, Capela dirigiu esta época três jogos do Benfica (V. Setúbal, fora (5-0), Gil Vicente (1-0) e Estoril (6-0), em casa), tal como Marco Ferreira ou Jorge Sousa. Idêntico número de jogos que Carlos Xistra, Manuel Mota, Nuno Almeida, Artur Soares Dias e Jorge Sousa apitaram do FC Porto. José Mota quis ajudar a inventar um caso. Talvez lhe dê jeito... Na jornada transacta (30.º), o Gil foi ganhar a Coimbra; antes, só conseguira vencer na 21.ª, em casa (14 de Fevereiro), o Paços (1-0). Quem foi o árbitro? João Capela. Portanto, só pode ser um regresso a Barcelos bem-vindo. Mota não quer é que pareça.
Afinal, o 'jogo falado' é bem mais complicado do que Jesus admite."
Fernando Guerra, in A Bola
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