"No nosso futebol, a 2.ª divisão (oficialmente, Liga 2, aliás sempre a mudar de nome...) é injustamente adjectiva. E, no entanto, trata-se da competição com maior índice de competitividade e de emocionante incerteza na classificação. E, diga-se em abono da verdade, com jogos melhor disputados do que muitos que se podem ver na 1.ª divisão.
Pondo agora de lado o disparate de se ter aumentado a competição para 24 clubes com 46(!) jornadas, a Liga 2 revela aspectos que vale a pena realçar. É a mais bem distribuída em termos territoriais: tem clubes de distritos não representados na 1.ª Liga, como Vila Real (Chaves), Viseu (Tondela e Académico), Castelo Branco (Covilhã), Faro (Portimonense, Farense e Olhanense) e Região dos Açores (Santa Clara). Possibilita a presença de seu equipas B, dando a oportunidade de potenciar jogadores portugueses e juniores (ainda que, mesmo aqui, haja uma inflação de estrangeiros). Tem vindo a permitir que clubes com tradição e registo interessante disputem este campeonato, como, por exemplo, o Atlético, Oriental, Leixões e Beira-Mar. Por fim, o índice de competitividade é tal que, entre a classificação que dá acesso à subida e o 12.º lugar, a diferença é tão-só de 8 pontos! (por curiosidade, entre o 1.º e o 12.º na 1.ª Liga a diferença é de 31 pontos). O agora 1.º classificado (Chaves) em 29 jogos, ganhou menos de metade (14), empatou 11 e perdeu 4.
Gosto de acompanhar estes jogos transmitidos na tv, até para observar jogadores que poderão ser futuros craques. Como gosto de ouvir o excelente serviço público dominical da Antena Um, acompanhando, com atenção, a Liga 2."
Bagão Félix, in A Bola
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