"Matic disse numa entrevista recente que Jorge Jesus considerava a posição 6 (leia-se, médio-defensivo) a mais importante da equipa. Porque, explicava, o número 6 é a última barreira antes de a bola chegar à defesa e a primeira peça a iniciar o jogo de ataque.
Olhando para trás, Javi Garcia foi dono indiscutível do lugar, a este sucedeu Matic, a seguir ceio Fejsa - e quando este se lesionou a confusão começou a instalar-se. Até porque Rúben Amorim, que o poderia substituir, também foi afastado dos relvados por uma lesão grave.
Daqui se conclui que, numa posição fulcral para a equipa, Jesus não tem tido sorte. Tem 'inventado' sucessivas soluções que, por saídas ou por lesões, vão caindo por terra umas atrás das outras. Nesta época já foram experimentados cinco jogadores na posição 6: Samaris, André Almeida, Talisca, Enzo Pérez e Cristante. E isto não por uma questão de rotatividade, mas porque Jesus anda positivamente à nora.
É evidente que nenhum dos jogadores experimentados convenceu o treinador do Benfica. André Almeida, para mim o melhor, tem limitações técnicas ao sair com a bola para iniciar o ataque. Samaris não tem a robustez nem o sentido posicional de Javi Garcia. Enzo Pérez é muito baixo para aquela posição, e vê-se à légua que aquele não é o seu lugar. Talisca não dispõe do rigor táctico nem do físico necessários para a função. E Cristante é demasiado verde e revela muitas lacunas a defender.
Na posição 6, Jesus tem um problema muito bicudo para resolver. E, enquanto não for resolvido, enquanto não houver um dono indiscutível do lugar, a equipa não estabilizará. O bom início de campeonato depressa se tornará uma ilusão."
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