"Algures em 2010, Óscar Cardozo esteve umas jornadas lesionado e impedido de jogar. Na altura, Kardec, um avançado que surgia como uma promessa do futebol brasileiro, teve a sua oportunidade. Jogou vários jogos a titular, numa equipa que então atravessava uma boa fase. Golos, nem vê-los. Pela primeira vez desde que havia chegado ao Benfica, percebeu-se a falta que Tacuara fazia.
Nos últimos anos tem sido sempre assim: quando joga, Cardozo é assobiado por parte dos adeptos, para logo depois resolver partidas que parecem não ter solução. Quando não joga, torna-se evidente a falta que faz. Podemos ser levados a crer que isso acontece porque sem ele fica mais difícil marcar golos (que convém não esquecer é o propósito de uma partida de futebol), mas Cardozo faz falta também porque torna o jogo mais fácil para os colegas. O jogo contra o Braga foi disso exemplo. Sem Cardozo as oportunidades de golo escassearam, os extremos ficaram sem soluções e Lima rendeu bem menos.
Hoje, podemos estar agradecidos ao presidente do Fenerbahçe por não ter apresentado as garantias bancárias exigidas. Caso isso tivesse acontecido, o Benfica teria vendido o paraguaio por 12 milhões de euros. Não seria um mau negócio, mas sim um péssimo negócio. Desde logo porque as possibilidades de chegarmos a maio e celebrarmos o campeonato nacional seriam bem menores. Em todo o caso, o sai-não-sai do verão acabou por ter um efeito colateral positivo. Como por arte mágica, os assobiadores do paraguaio evaporaram-se das bancadas da Luz. Já não era sem tempo.
P.S. – Pela primeira vez em muito tempo, o Benfica tem fortes possibilidades de vir a ter uma equipa com muitos portugueses. Basta atentar no quinteto que gravita em torno dos B – André Almeida, Bernardo, Cavaleiro, Cancelo e André Gomes. Todos têm condições para singrar na equipa titular. Mas, para quem veja os jogos do Benfica B, há uma questão que se coloca já hoje: em que é que Djuricic é melhor do que André Gomes?"
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