"Eu, leigo na matéria da leitura táctico-técnica das basculações ofensivas e outras ‘freitaslobices’ que tais, muito tenho ouvido os especialistas da dita perorarem sobre as dificuldades do nosso Benfica em jogar ofensivamente “entre linhas”. Aparentemente, do padecimento desta maleita resulta um cataclismo de muitas outras que leva a que especialistas em futebol perorem horas a fio.
Um dos antídotos para essa maleita parece estar a ser colocado em prática pelo FCP (o tal da “estrutura perfeita” a malhar também em delegados da Liga). A forma como o FCP joga ofensivamente entre as linhas defensivas do adversário parece-me ter ficado clara na última jornada da época passada (com o Paços de Ferreira), quando o solícito árbitro Hugo Miguel transformou tudo o que era espaço entre a linha de meio-campo e o começo da grande área em zona passível de grande penalidade a favor do clube das viagens Calheiros-Amorim.
Deste tipo de aproveitamento do espaço “entre linhas” muitos se parecem ter aproveitado, inclusivamente, aquele que, à época, era treinador do Paços, uma vez que agora é ele quem beneficia da “inovação” táctica. Aliás, esse conceito táctico teve de tal forma o apoio, conivência e incentivo dos opinadores de serviço e de bolso que, logo na segunda jornada do actual campeonato (contra o Marítimo), o diligente árbitro Jorge Ferreira decidiu aproveitar o tal espaço “entre linhas” e marcar a grande penalidade da ordem a favor do clube que, a julgar pelas escutas do Apito Dourado, costuma dar essas ordens.
Assim, o conceito de jogar “entre linhas” ganha uma nova dimensão e quem estiver atento fica a saber que, para o clube da “estrutura perfeita”, jogar “entre linhas” é aplicar a táctica de beneficiar dentro das quatro linhas dos jogos feitos nas margens e à margem das ditas."
Pedro F. Ferreira, in O Benfica
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