"Há um conflito latente entre os clubes e as selecções a quem emprestam os jogadores. A questão não é nova e não acabará por aqui. Algum benfiquista gosta de saber que ficou sem Cardozo, Maxi Pereira e Melgarejo ao serviço das suas selecções? É um orgulho para os atletas representarem os seus países e um problema para os clubes ficarem sem os seus melhores (são os melhores que vão às selecções) em alturas decisivas das provas.
Com estes calendários tipo entremeada será sempre inevitável esta questão.
As eleições do Sporting mostraram com muita precisão o que é hoje o grande emblema de Alvalade. Pouco mais de 30.000 sócios com capacidade eleitoral activa, o que é manifestamente pouco para a grandeza e história do clube, mas por outro lado quase 15 mil votantes, o que é excelente atendendo ao pequeno universo que podia votar. O Sporting pode e deve voltar a crescer para não ficar apenas um gueto radicalizado.
A parte mais irónica nas declarações genuínas do novo presidente do Sporting foi ter exclamado: «O Sporting voltou a ser nosso» quando se sabe que com os VMOC está prestes a deixar de ser.
Amanhã regressa o campeonato, o jogo contra o Rio Ave lembra o último título nacional pois foi obtido precisamente contra os de Vila do Conde.
Basta lembrar o jogo da primeira mão, ou recordar que no último mês o nosso adversário precisou de dois penalties para derrotar o Rio Ave por 2-1 no Dragão. Vai ser muito difícil vencer uma das melhores equipas deste campeonato.
Estou em Madrid, onde o tema é quase exclusivamente Mourinho. Mou como é aqui tratado tem manifestações de adeptos para que não saia e programas de horas na TV para debater os seus méritos e deméritos. Punto y pelota transforma todas as discussões portuguesas em coisas de meninos de coro.
No Adeptos do Real ninguém acredita que fique e poucos querem que abandone. Sara Carbonero já é por aqui mais culpada que Casillas e Sérgio Ramos."
Sílvio Cervan, in A Bola
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