"A história é recorrente no Benfica ou noutros clubes. Jogadores há que, no seu percurso inicial, frustram muitas das expectativas dos adeptos. Recentemente, na Luz, foi assim com Di Maria, com Gaitán, agora com Ola John.
E o que se passou pouco tempo volvido? O jovem internacional argentino concorreu, não poucas vezes de forma determinante, para o último título nacional, mesmo depois de não se ter livrado de alguns assobios assassinos. Depois? Depois, transferido por gorda maquia, assentou arraiais no colosso Real Madrid, permitindo ao Benfica um encaixe financeiro pouco vulgar.
Nico Gaitán, a escolha de Jesus para suceder a Di Maria, também não se impôs logo de começo. Verdade que estamos na presença de um jogador, tecnicamente muito dotado, mas com irregularidade exibicional. Ainda assim, o também internacional da pátria de Maradona, tem causado desequilíbrios competitivos e poderá estar em breve trecho de se transferir e compensar, de forma ampla, o investimento que nele foi feito.
Agora, Ola John. O jovem holandês, de origem liberiana, foi dos nomes mais sonantes do leque de aquisições com vista à presente temporada. Não teve um início auspicioso, mais parecendo injustificar a opção técnica e o correspondente gasto. E agora?
Ola John disparou, nos últimos embates, para embates muito conseguidos. O seu futebol desconcertante pode ajudar, ajudar muito, o Benfica. Está a ganhar confiança, revela uma desenvoltura fora do convencional, transmite alegria e não menos eficácia à corrente ofensiva da equipa rubra.
Casos há em que o tempo se encarrega de corrigir julgamentos precipitados. Ainda é cedo? É, certamente. Mas a pinta futebolística do ala canhoto afigura-se já inquestionável. É o Benfica que ganha. São os aficionados que têm mais uma boa razão para sorrir benfiquismo."
João Malheiro, in O Benfica
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