"Depois de Draxler e Bernat, a proveniência parisiense continua a não ser sinónimo de «garantia de utilização» de jogadores em condição periclitante…
Da mesma forma que não havia quem não soubesse que Julian Draxler, Juan Bernat e Renato Sanches eram excelentes jogadores, também não havia quem não soubesse que, em circunstâncias normais, estariam para lá das possibilidades financeiras do Benfica, e toda a gente sabia que só aterraram na Luz porque padeciam de limitações físicas que os tornavam em riscos que o Paris-Saint-Germain não queria correr, preferindo emprestá-los a preço de saldo.
Foi nesse contexto, e sem surpresa, que Draxler, campeão do Mundo em 2014 pela Alemanha, e Bernat, tetracampeão por Bayern e PSG, tivessem passado discretamente pelo Benfica, ficando a conhecer melhor o posto médico do que o relvado da Catedral.
Como não há duas sem três, o clube da Luz resolveu aceitar o empréstimo de Renato Sanches, na esperança de que o adágio «o bom filho à casa torna» falasse mais alto que as lesões que têm vindo a martirizar o campeão europeu por Portugal em 2016, de há vários anos a esta parte, impedindo-o de levar até onde podia o extraordinário potencial que toda a gente lhe reconhecia.
A notícia de uma nova lesão de Renato Sanches, que irá mantê-lo em doca seca por algumas semanas, sendo sempre negativa para o jogador, não podia ter caído em pior altura para o Benfica, que procura criar em torno do regresso de Bruno Lage (que é como quem diz, simultaneamente, do despedimento de Roger Schmidt), uma vaga de fundo que afaste o clima de crispação em que o clube tem vivido.
Mais uma razão para tornar importante o jogo de sábado com o Santa Clara, e a partida da quinta-feira seguinte, em Belgrado, 48 horas antes de uma Assembleia Geral que terá o ambiente muito temperado pelos resultados destes dois jogos.
Sendo certo que nunca há lesões oportunas, esta, de Renato Sanches, afigura-se particularmente inoportuna pelo ‘anticlimax’ que cria. Mas que ninguém diga que foi apanhado de surpresa…"
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