"O Benfica, muito resumidamente, é isto: 10 vitórias em 11 jogos na Liga e, mesmo assim, algum adeptos claramente insatisfeitos. Confesso que faço parte da turma dos descontentes - 11 vitórias em 11 jogos seria o mínimo aceitável. A partir do momento em que deixou de ser possível chegar ao fim do campeonato com 34 vitórias, dei a época praticamente por encerrada.
Enfim, para o ano há mais. Por enquanto, tenho de me ir contentando com uma liderança pobre, sustentada de forma bastante insegura pelo melhor ataque, melhor defesa e melhor marcador - e ainda manchada por um plantel que não sabe celebrar como deve ser os aniversários das mulheres dos jogadores: a esposa do Pizzi completou 30 anos na mesma semana que a namorada do Uribe, e não vi sequer um instastory ao som dos 'Parabéns' do Batatoon.
Eu próprio estou desanimado com as exibições do Benfica. Em boa verdade, desde o 10-0 da temporada passada frente ao Nacional que nunca mais fiquei verdadeiramente saciado. Esse é o meu grau de exigência em todos os jogos. Para percebermos a fragilidade deste Benfica, basta consultarmos a opinião de alguns especialistas - todos eles bem mais especialistas do que Lage, claro, que ainda não passa de um mero curioso que por acaso orquestrou a mais extraordinária recuperação da história do futebol português e agora apresenta este humilde rácio entre triunfos e desaires. Estes dados parecem insuficientes para conquistar a globalidade de comentadores e alguma falange de adeptos, o que vem demonstrar que as músicas mais badaladas passam de moda num ápice: aquele hit do 'Pouco importa, pouco importa se jogamos bem ou mal...' está completamente ultrapassado."
Pedro Soares, in O Benfica
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