"Seleccionador cortou pela raiz a habitual paranóia da Selecção quando se sentou com os jornalistas
Por esta altura, o normal seria que já ouvíssemos o ranger de dentes em Marcoussis. Às derrapagens da Selecção seguem-se as críticas, sem falha e sem misericórdia, nos jornais, nas rádios e nas televisões. Às vezes também, admito, com mais sentimento do que objectividade. Crescem rancores, de um lado e do outro: seleccionador e seleccionados não aceitam a infidelidade dos jornalistas; e os jornalistas ficam com um muro de silêncio para descodificarem à vontade deles. A escalada é inevitável. Ou seria, desta vez, se os anos não tivessem dado a Fernando Santos uma certa sabedoria à professor Marcelo, que até antecedeu a do Presidente da República, porque já acontecia muito antes das eleições. Santos é um seleccionador em serviço permanente e em quaisquer circunstâncias. Dias depois de um bombardeamento do FC Porto por alegada sobreutilização dos internacionais portistas, ele esteve no Dragão a ver a bola, disponível para os esclarecimentos que fossem precisos. Ontem fez o mesmo. Antes que o azedume da leitura dos jornais assentasse na equipa, chamou os jornalistas e sentou-se à mesa com eles. No mesmo cenário, com Scolari, Queiroz e Bento, houve imediatas declarações de guerra, se não para todos, pelo menos para os críticos mais atiçados. Pode ser que a harmonia não dure se os resultados não a acompanharem, mas sem as paranoias e fantasmas do costume, também é capaz de ser mais fácil ganhar."
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