"Dia após dia vão ficando cada vez mais fracos os focos de incêndio em torno do Futebol do SL Benfica. Começámos a época com uma tempestade de críticas, tudo estava errado, diziam. A tempestade passou a tufão com a primeira derrota oficial, na Supertaça. Instalou-se o nível de calamidade pública. Os ventos continuaram a soprar fortes e todas as semanas houve trovoada sobre a Luz. Alguns adeptos do Clube e quase todos os apoiantes do FC Porto e do Sporting CP deram o Glorioso como morto e enterrado, afastado da possibilidade de conquistar o Tri e sem futuro nas competições europeias. Os dedos estavam apontados a Luís Filipe Vieira e a Rui Vitória. O tufão passou apenas a mau tempo quando se viu o SL Benfica a fazer uma carreira positiva na Liga dos Campeões, aquela competição a que não chegou o rival de Alvalade e onde falhou com estrondo o adversário do Norte. Houve dias em que até o sol pareceu querer voltar a raiar na zona do Alto dos Moinhos.
Mas as nuvens cinzentas voltaram com a derrota caseira com Jorge Jesus e a eliminação da Taça de Portugal. Voltou a chuva e com ela os profetas da desgraça que sempre aparecem quando o Bicampeão tem noites menos positivas. Já estava entregue o título e pedia-se a cabeça do treinador e do presidente. Só que foram ficando sem argumentos à medida que a equipa começou a jogar e a ganhar. Até os golos voltaram a aparecer e, neste momento, registo igual (50 golos em 19 jornadas do Campeonato) só com Eriksson ou com Jesus na sua primeira época num clube de topo. Estamos a dois pontos do líder. Só dependemos de nós para chegar ao objectivo principal e calar de vez quem nos ataca, de dentro e de fora. É altura de enterrar os machados, apoiar e seguir em frente. O Benfica é maior que a soma de todos nós."
Ricardo Santos, in O Benfica
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