"Lopetegui acabou a segunda dose da Choupana vitorioso. Um resultado que, face à crescente contestação de portistas, lhe terá sabido saborosamente. Até aqui tudo bem, tendo também em conta que se trata de um estádio bem difícil e com um Nacional que esteve muito tempo por cima do jogo.
Ora, aconteceu que, certamente de um modo involuntário, o tão ungido árbitro da AF Porto Jorge Sousa, ora alcandorado ao primus inter pares, formou uma sociedade com o treinador basco que estava em maus lençóis. É que deixou passar dois penalties de Marcano. Um no início da segunda parte, de que nem o nevoeiro serve de desculpa, tão notório foi o braço do defesa portista. Outro, uma sapatada sobre João Aurélio que se ouviu nos Barreiros, mas que o árbitro achou que foi uma festinha própria da época natalícia. Com a agravante de ter tido a oportunidade de, no hotel, poder ter revisto o primeiro dos dois erros.
Ora, Lopetegui é useiro e vezeiro em, praticamente todos os jogos, criticar as arbitragens e até imputar-lhes a responsabilidade de resultados. E o que disse ele, a seguir ao jogo na Madeira? Apenas isto: que tinha sido uma excelente arbitragem e que não havia nada a dizer atendendo à capacidade de Jorge Sousa.
Já aqui escrevi que quase todos os intervenientes nos jogos padecem de amnésia quando os erros arbitrais correm a seu favor. Lopetegui não é, pois, o único. No que talvez seja o único é na constância de protestar forte e feio quando acha que foi prejudicado. O título do campeão da incoerência já ninguém lho tira.
Enfim, como dizia Vergílio Ferreira: «fecha os olhos, para não seres cego»."
Bagão Félix, in A Bola
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