"Acompanhei, a par e passo, o Mundial de atletismo que teve por palco o imponente estádio de Pequim. Ninho de grandes proezas e que parece ter um significado especial para Nelson Évora. Por lá protagonizou feitos inesquecíveis e terá sentido de forma muito especial a medalha de bronze que trouxe na bagagem e que, juntamente com o ouro do Europeu recente, vieram confirmar o que do nosso atleta se pensa e que já foi dissecado, analisado, louvado e glorificado por quem teve a obrigação ou a necessidade de o fazer, em cima dos acontecimentos.
Mas não foi só o homem do Benfica a emocionar-me. O fair play, de que falamos nestas colunas em nome do CNID e do Plano Nacional da Ética Desportiva, foi esmagador nesta competição, eventualmente único na história do desporto. As serenas celebrações dos vencedores, a camaradagem e os sorrisos nos lábios de quem ganhou e de quem perdeu tiveram a naturalidade... das coisas naturais.
E as comparações são inevitáveis. Especialmente com o futebol, o do nosso Portugal arrebatado e emotivo que parece caprichar em escrever torto por linhas direitas, as dos recintos de jogos. Arbitragem, treinadores. dirigentes. alguns jogadores e alguns jornalistas, felizmente poucos, travam uma 'luta' diária para que as coisas sejam cada vez piores. 'Apoiados' pelos comentadores quase profissionais que, para defenderem as suas cores, não hesitam em pôr todos contra todos.
Olhem para o atletismo e, já agora, para muitas outras modalidades que capricham em dignificar os princípios sagrados do Desporto."
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