"A iniciativa do FC Porto de consignar 1 euro de cada bilhete vendido (na primeira jornada em casa na Champions League) para apoio aos milhares de refugiados, que chegaram a esta Europa dividida e lenta, é muito meritória.
Ao que julgo saber, todos os 32 clubes, no seu primeiro jogo que recebem, terão aderido a tal gesto solidário. Platini apoiou o movimento, bem como, entusiasticamente, Karl-Heinz Rummenigge, presidente da Associação Europeia de Clubes.
Ora aqui está uma iniciativa oportuna e solidariamente inteligente, envolvendo clubes e espectadores, que assim têm um motivo acrescido para irem aos estádios e abraçar este gesto.
Os clubes que movimentam milhões, - às vezes em completa divergência com as crises e as dificuldades que afectam as pessoas, devem ter um sentido ético de responsabilidade social e cidadania empresarial, que nos permita vê-los para além dos jogos e das emoções. Por isso, cumprimento a Direcção portista pelo pioneirismo da acção.
Também o meu clube tem vindo a reforçar a sua função de inspiração solidária e formativa. A Fundação Benfica tem concretizado acções muito bem-vindas nesta área, visando «projectos de carácter social, educacional, ambiental e saúde, em particular de crianças e jovens em situação de risco, e promovendo o desporto inclusivo».
Bem sei que, em vésperas do jogo entre os dois clubes, no domingo, o que atrás referi será submerso pela emoção e discussão acesa de uma partida de futebol, num ambiente quase sempre tórrido. Mas, como português e interessado na ética desportiva, apraz-me registar o papel dos clubes para além dos resultados de cada semana."
Bagão Félix, in A Bola
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