"Veja-se o jogo do último Domingo pela perspectiva que se quiser, a verdade é que o Benfica cumpriu os seus objectivos, evitando perder pontos para o Sporting e arredando os leões (praticamente) da luta pelo título.
Talvez não tenha havido toque de magia, mas houve um pragmatismo latente que, em rigor, condicionou o jogo do Sporting, desgastando os seus jogadores, bloqueando os seus movimentos principais (principalmente de Nani) e evitando momentos perigosos. Venceu a experiência sobre uma certa imaturidade táctica e desportiva. E, claro, venceu a imaginação sobre a habituação, porque na verdade, a única oportunidade verdadeiramente perigosa (para além dos dois golos) foi do Benfica, tal como sublinhou Jorge Jesus no rescaldo do jogo.
Claro que, face a um dérbi destes, tem de ser obrigatoriamente destacada a persistência e a fé do Benfica ao longo de todo o tempo do jogo.
Mesmo estando a perder um jogo com as implicações classificativas daquele, o plantel 'encarnado' soube continuar a criar perigo, transições arriscadas e ousadas, até chegar finalmente à concretização quase ao cair do pano. É por isso que tenho que sublinhar o seguinte, o avançado desde já, como costuma dizer o meu amigo Henrique Monteiro, 'que podem chamar-me o que quiseram': onde muitos analistas e comentadores viram fraqueza e medo de arriscar, eu vi persistência e pragmatismo.
Onde alguns vaticinaram o início da queda do Benfica no Campeonato, eu concluo que uma equipa com esta capacidade de acreditar até ao fim não vai deixar fugir o 34.º Campeonato Nacional."
André Ventura, in O Benfica
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