"Como todos os anos, faço a minha digressão de Agosto pelos CADERNOS DE A BOLA. Um exercício onde junto a curiosidade pelas novidades com uma viagem pela minha memória do registo passado. Porém, os CADERNOS (edição em papel) sofrem de um mal que nem sequer pode ser remediado: a de sair antes do inexplicável fim do período de transferências. Ou seja, à medida que se aproximam as 24 badaladas do dia 1 de Setembro, cresce a divergência entre quem afinal ficou, saiu ou desapareceu nos plantéis. Por isso, em boa hora, surgiu a versão digital dos CADERNOS que nos possibilita uma actualização (ainda que lenta) das novidades. Há outro aspecto que, este ano, me chamou atenção. Provavelmente nem sequer será inédito, mas é a primeira vez que o constato tão vincadamente. Refiro-me à capa. Não tanto à regra de ser ilustrada com três jogadores dos três grandes. Mas à circunstância de ver três jogadores não portugueses, o que, só por si, evidencia a rarefacção de atletas nacionais nos plantéis. Claro que se poderia compor a capa com representantes da minoria portuguesa, que ainda os há. Por exemplo, Rúben Amorim, Rui Patrício e Quaresma.
Há ainda na selecção para a capa dos CADERNOS um aspecto que é uma novidade. Refiro-me ao facto de, não considerando Salvio do Benfica, os eleitos do Sporting e Porto serem afinal jogadores que só agora irão pertencer às respectivas equipas: Rossel do SCP e Tello do FCP.
Estamos perante dois sinais dos tempos: o que é nacional (não) é bom e a primazia da mudança que, de tão acelerada, se está a tornar disruptiva."
Bagão Félix, in A Bola
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