"O Benfica vai estar hoje representado ao mais alto nível no funeral de Mário Coluna. Trata-se de uma decisão que traduz o reconhecimento pelo que o monstro sagrado fez por um clube onde, entre outros troféus, venceu duas Taças dos Campeões Europeus e dez Campeonatos.
Mas além de ter pautado pelo acerto o seu comportamento na morte de Mário Coluna, bem pode o Benfica sentir-se bem com a forma como tratou o grande capitão especialmente na última década, confundindo-se este tempo com a presidência de Luís Filipe Vieira. A Coluna, na doença, foram proporcionados, sempre de forma discreta e sensível, por parte do presidente do Benfica, todos os cuidados, numa atenção que transcendeu a mera obrigação. Com Mário Coluna, agora desaparecido, o clube da Luz portou-se como uma pessoa de bem, como quem sabe que saem respeitar o passado não terá um bom futuro.
Aliás, nesta senda, faz parte dos projectos benfiquistas a executar no curto prazo a construção de uma «casa do jogador», no complexo do Seixal, capaz de acolher os ex-jogadores que, na velhice, requeiram tal apoio. Da mesma forma, quem for ao Estádio da Luz em dia de jogo deparar-se-á com muitos dos que construíam, dentro das quatro linhas, a glória do Benfica e que são regularmente convidados a envolver-se nas actividades do Benfica.
Aqui fica, pois, este registo, um registo de bem-dizer num País que parece ter-se esquecido das virtudes do reconhecimento do mérito.
Por falar em reconhecimento do mérito, é hoje, dia do 110.º aniversário do Benfica, inaugurada no Estádio da Luz uma estátua de Béla Guttmann, o feiticeiro de Berna e Amesterdão. Será que vai acabar a «maldição»?"
José Manuel Delgado, in A Bola
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