"Mesmo quando já nos julgamos incapazes de nos surpreender com o que quer que seja, a verdade é que vamos sempre aprendendo. E da leitura da acusação ao hacker Rui Pinto é possível perceber coisas bastante interessantes. É triste constatar, por exemplo, como funciona o jornalismo actual, que, ao que parece, não tem pejo em financiar criminosos para conseguir audiências. Se o pirata vivia dos seus golpes, e se o produto dos mesmos apareceu escarrapachado em órgãos como o Der Spiegel e todo o universo EIC, do qual fazem parte SIC e Expresso, é fácil concluir como aí chegou. De resto, pode ler-se na acusação que o próprio hacker se encarregava de anotar aquilo que exigia como contrapartida: rendas de casa, despesas pagas durante 'muito tempo', emprego para a namorada, e equipa de relações públicas para tratar da sua imagem em Portugal.
Compreendemos, assim, algumas primeiras páginas, e algumas reportagens televisivas. Falta saber que contrapartidas exigiu pela correspondência do Benfica, ou será que teve um súbito acesso de paixão clubista e a disponibilizou graciosamente? Cada um que tire as suas conclusões.
Não sei se uma antiga eurodeputada que grita constantemente em defesa do criminosa tem alguma coisa que ver com isto, ou pretende apenas manter o palco e dar sinal de vida. No mundo mediatizado de hoje é fácil andar nas bocas do mundo: basta dizer asneiras com voz esganiçada, que logo lhes é dado destaque. Há quem viva disso.
PS: Para memória futura, constata-se que pela terceira jornada consecutiva o FC Porto é beneficiado com erros grosseiros de arbitragem a seu favor."
Luís Fialho, in O Benfica
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