"Seja nas redes sociais, rádio, TV o jornais, contamos com a presença de inúmeras figuras (...) que mais não são do que figurantes.
Continua em ebulição o futebol português. Desta feita, por causa do VAR (videoárbitro). Pelo VAR ou pelo ar, após cada jornada da Liga profissional, sucedem-se os impropérios, as ofensas as suspeições, as piadas de mau gosto, tudo servido para os rivais se atacarem e enfraquecerem cada vez mais. Queixas, participações, denúncias, providências, demandas, tudo no melhor estilo. São as gentes cá do meu bairro mas sem o contributo dos geniais António Silva e Vasco Santana, os quais, ao contrário dos comediantes (?) de hoje, tinham graça, tinham mesmo muita graça. Um verdadeiro Pátio das Cantigas no pior sentido do termo. O bom senso, e equilíbrio, a honestidade intelectual, nada disso interessa. O importante é inflamar a massa adepta, fazendo-a persistir na ideia dos tais hediondos moinhos de vento que só a visão dos iluminados alcançam.
Por isso, é proibido defender a lucidez, raciocínio, a coragem de perguntar, de questionar, proibição essa que, no fundo, já contém a premonição do fracasso ao sobrar da esquina. Pelo sim pelo não, há que rodear de justificações os malogros que se avizinham. Como sempre acontece no panorama político nacional e internacional, também no futebol pátrio o segredo não está na resolução estrutural dos problemas mas na perpetuação do estado de guerrilha constante que tudo esconde. Como dizia Zeca Afonso... o que faz falta é animar a malta... Para tanto, seja nas redes sociais, rádio, televisão ou jornais, contamos com a presença de inúmeras figuras e figurinistas que, em muitas circunstâncias, mais não são do que verdadeiros flagrantes. Não admita, pois, que mesmo nos casos em que as denúncias apresentadas estejam ser (ou tenham sido) alvo da atenção judicial, algumas das partes envolvidas ou os seus representantes (não confundir com paus mandados) não se coíbam de tecer considerações violadoras da legalidade estabelecida por estatuto ou regulamento, na esperança de que tais juízos sem juízo possam influenciar ou atacar o veredicto final. No fundo, o verdadeiro propósito é esconder ou camuflar a realidade, traduzida no facto de os chamados grandes serem sempre beneficiados em detrimento dos pequenos. Por agora, seguiremos o conselho da dupla Ary dos Santos e Fernando Tordo cantando: Nós vamos pegar o mundo pelos cornos da desgraça e fazer da tristeza graça."
Abrantes Mendes, in A Bola
PS: Este mito urbano dos grandes serem sempre beneficiados e os pequenos sempre prejudicados, realmente só bate certo com dois dos tais grandes!!!
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