"Na última segunda-feira, com kick-off às três da tarde, defrontaram-se em Wembley, perante 76.682 espectadores, Huddersfield Town e Reading, na disputa pelo derradeiro lugar de acesso à Premier League de 2017/18. O triunfo sorriu, no desempate da marca de grande penalidade, ao Huddersfield Town, clube histórico, tricampeão de Inglaterra entre 1923 e 1926 (treinado pelo mítico Herbert Champman), onde militou o virtuoso Denis Law nos últimos anos da década de cinquenta do século passado. Ao sair de Wembley vencedor, o Huddersfield Town, que não jogava entre os maiores há 45 anos, ganhou 200 milhões de euros em direitos televisivos, uma verba entendida como suficiente para se preparar e manter viva a competitividade da Premier League, afinal o segredo de um negócio bem-sucedido. Portimonense e Desportivo das Aves, os nossos promovidos, vão receber cerca de 50 vezes menos...
De facto, não temos nada a ver com os valores praticados não só em Inglaterra mas também nos outros quatro que compõem os big five, nem nos aproximamos, em vil metal, de campeonatos como os da Turquia, Ucrânia e Rússia. Por tudo isto, aos clubes portugueses é exigida criatividade financeira e malabarismo aritmético para manterem as naus a navegar sem risco de naufrágios. E mesmo assim... Não estranhemos, pois, acompanhado por algum desencanto, com as vendas a superarem exponencialmente as compras e com os treinadores a terem de baralhar e dar de novo. E por falar em treinadores, a única coisa que o bom senso aconselha a dizer que quase nada é completamente certo."
José Manuel Delgado, in A Bola
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