"Chame-se Lotopegui, Lobategui ou Lopatego, o basco que treina o FC Porto tem o condão de não agradar a ninguém - consenso que, diga-se, não é fácil de estabelecer num Futebol português extremamente polarizado e polemizado.
Não agrada aos desportistas em geral, pois trouxe com ele uma postura de antipatia e petulância que o povo português bem dispensava. Não agrada aos adversários, pois a sua retórica provocadora tem sido uma constante. Não agrada aos jornalistas, com os quais é altivo e mal-educado. Não agrada aos árbitros, dos quais se queixa jornada após jornada, sem razões objectivas para tal. Não agradará, sequer, aos adeptos do seu clube, pois com o plantel mais caro da história do país arrisca-se a não vencer um único troféu, tendo sido eliminado da Taça de Portugal, em casa, pelo Sporting; da Taça da Liga pelo Marítimo; humilhado na Liga dos Campeões pelo Bayern de Munique; estando agora dependente de terceiros, a quatro jornadas do fim, na única competição que lhe resta.
Discurso oficial à parte, quem o contratou ter-se-á também já arrependido. Se outros não acertam no seu nome, ele raramente acerta nos nomes dos jogadores que coloca a jogar, e raramente acerta no que diz. Há pessoas assim.
Enquanto Benfiquista, desejo vê-lo no clube rival por mais alguns anos (com ele no banco, não há Jacksons, Danilos, Casemiros, ou Oliveres que lhe valham).
Enquanto português, parece-me que temos por cá dezenas de treinadores mais competentes e sabedores do que ele.
Resta saber se este aparente erro de casting significa, ou não, o canto do cisne de tão incensada 'estrutura' portista.!"
Luís Fialho, in O Benfica
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