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quinta-feira, 10 de março de 2016

Champions: equipas grandes e pequenas

"1. Pobre Benfica que se arrastava no início da época, sem cérebro e com ideias velhas, deu lugar a este Benfica todo-o-terreno que vai à frente da Liga portuguesa e, com mérito e também com sorte, aparece nos quartos-de-final da Liga dos Campeões.
Soa música celestial aos ouvidos de Luís Filipe Vieira porque, por um lado é necessário fazer contas e encher os cofres e por outro - mais importante - estar agora entre os oito melhores da Europa é chave no relançamento da marca Benfica, que começou há anos mas a que faltou a dimensão europeia na prova mais importante, apesar da presença nas duas finais da Liga Europa. Por exemplo, para a Emirates ter o Benfica onde tem, com naturalidade, o Real Madrid significa uma aposta ganha. 
E agora nos quartos-de-final? Parece impossível se aparecer o Barcelona. parece possível se aparecer o Wolfsburgo.
O Benfica em São Petersburgo mostrou, como noutros momentos desta competição, uma invulgar capacidade de superação. A equipa, debilitada pela ausência de habituais titulares, ultrapassou esse facto e todos os suplentes estiveram à altura. Renato Sanches confirmou que é o jogador através do qual circula todo o jogo da equipa, o que é notável aos 18 anos, e Gaitán, que perdera fulgor durante a época devido às lesões, apareceu no momento em que é necessário que apareçam os grandes jogadores.
Muito importante, mais do que se pensa, é realmente o espírito de equipa, o espírito de grupo. Esse trabalho em boa medida deve ser creditado a Rui Vitória porque tem pelo menos a inteligência de entender que o futebol é um jogo de equipa. No sentido global do termo.

2. se escreveu o suficiente sobre a frase infeliz, sejamos brandos, de que o Benfica tinha jogado em Alvalade como uma "equipa pequena". O Sporting tem um calendário mais difícil, mas tem todas as condições para ser campeão porque o rival directo também pode ceder. O que preocupa mais no Sporting é a ausência de soluções de ataque, confirmando o mau negócio que foi a venda de Montero e não exactamente a falta de sintonia, mas a falta de uma frente comum que Bruno Carvalho e Jorge Jesus deviam protagonizar e não se sente que protagonizem neste momento. Falam ambos, mas não exactamente a mesma linguagem. Não sei o que os separa, tenho apenas a certeza de que aquilo que os une é muito mais importante."

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