Jorge Jesus Treinador do Sporting, após ganhar ao Lokomotiv Moscovo, em Novembro.
Há equipas que passam um ano inteiro a tentar chegar à Liga dos Campeões e quando lá chegam dão prioridade ao campeonato. Há equipas que, falhada a Champions, dão tudo por tudo para entrar na Liga Europa e quando lá estão apostam na gestão do plantel. Há equipas que passam um campeonato inteiro à procura de vaga na terceira pré-eliminatória da Liga Europa e passam os primeiros seis meses da época seguinte a queixar-se de terem começado a temporada muito cedo.
Há treinadores, em Portugal mas não só (o habitual desastre francês na Liga Europa prova-o), para quem vencer na UEFA é um problema. Mais valia não irem - basta não pedir a licença à federação.
Quando vencer é um problema, isso é seguramente um problema. Como convencer um jogador de que no jogo europeu não deve dar tudo e depois esperar que na competição interna não encare o insucesso com um encolher de ombros?
Para Jesus, este ano, seguir na Europa foi um problema (pelo menos no discurso; na prática nunca deixou de tentar seguir em frente, mesmo em gestão). Mas a própria experiência dir-lhe-á que na Luz nunca perdeu um título por causa das campanhas europeias: afinal, foi campeão no segundo ano em que chegou à final da Liga Europa; e não me parece que nos anos em que deixou escapar a liderança isolada para o FC Porto de Vítor Pereira isso possa ser explicado pelo desgaste europeu.
Talvez a perda da liderança do campeonato, por parte de um Sporting já eliminado da Liga Europa, perante um Benfica a quatro dias de seguir para os quartos da Champions, o ilumine."
Hugo Vasconcelos, in A Bola
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