"O sorteio da Liga está hoje para o imaginário do adepto como o lançamento da caderneta de cromos quando tinha oito anos
Mercado morno onde as contratações não são novidades e as novidades nunca dão em contratações. Uma semana onde as notícias são marcadas pela venda de João Félix ao Atl. Madrid, talvez a notícia mais requentada do defeso, é muito probrezinha. Para animar os adeptos benfiquistas chegam (por recompra) Chiquinho, como anunciado 20 vezes, e concretiza-se a compra de RDT, como anunciado 40.
Quase nunca «embandeiro em arco» com contratações de pré-época, sendo prudente nas euforias clubísticas do defeso, mas este Raúl de Tomás enche-me de ilusão e esperança. Era o jogador que necessitávamos, com as características que precisávamos para a posição mais carenciada do actual plantel. Acredito que se sair Jonas, terá que vir mais um, mas este tem tudo para mostrar que foi barato. Caro foi o Escalona e o Dudic.
Se não é o FC Porto falhar uma aquisição de vez em quando, isto ficava uma pasmaceira total. Um pouco de excitação nesta fase só é possível para um adepto que vai a uma assembleia geral do Sporting.
Hoje é um dia importante nas nossas (de adeptos) vidas, com o sorteio da Liga, no bonito Palácio da Bolsa (era difícil escolher melhor), o próximo ano da nossa agenda é muito decidido mais logo. Esta noite nos claustros da Bolsa dita-se a sorte e o seu calendário.
Onde vamos, quando vamos, roteiros futebolísticos e gastronómicos, contas sobre a facilidade e dificuldade da prova, objectivos de cada equipa, simulações de resultados, mais logo é todo um mar de agradáveis exercícios que se abre para os afazeres deste fim-de-semana. O sorteio é coisa séria para quem gosta desta matéria.
O sorteio da Liga está hoje para o imaginário do adepto como o lançamento da caderneta de cromos quando tínhamos oito anos, abre um leque de possibilidades.
Na mais mesquinha das minhas vontades está o maior dos meus desejos, um calendário para cumprir com êxito e um adversário na última jornada que me indique o caminho do Marquês ao ouvir o último apito, para festejar o 38.
Grande prestação de João Sousa ao mais emblemático dos torneios de ténis, bater M. Cilic na relva é um feito dos maiores realizados pelo ténis português. Vencer um ex-vencedor de um grand slam, num grand slam é assinalável. Haja champagne e morangos à saúde de João Sousa."
Sílvio Cervan, in A Bola
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