"'Ó pra mim aqui! Sou eu e estou no autocarro do Benfica!'
As crianças não cabiam em si de contentes naquele dia de inverno quando viram dobrar a esquina aquele autocarro imenso e moderno que bem conheciam de ver ao longe ou na televisão, cheio de jogadores e símbolos do clube do coração da maioria, mas que a todos deslumbra.
Pois, parecia um sonho, mas era bem verdade: o autocarro do Benfica estava mesmo ali na rua, à espera deles, e foi ao bairro de propósito para os buscar em grande! Embarcar foi em si mesmo uma festa, com as crianças ainda atordoadas pelo tratamento VIP, que aguardavam ansiosamente desde a véspera quando começaram a planear roupas e estilos pessoais para irem à presença dos jogadores do Benfica e poderem trazer de lá uma boa história para contar e fazer ver aos amigos e familiares. Por trás dos vidros adensava-se gente de palmo e meio, mostravam-se símbolos e cachecóis, acenos e sorrisos, tudo a extravasar a imensa alegria que enchia o peito destas crianças. Tudo em exagero, tudo muito mexido e tudo muito ruidoso, está bem de ver...
E lá seguiu assim, lento e solene, o autocarro mais desejado do mundo, naquele momento e para aquelas crianças, transformando numa animação sobre rodas desde o bairro da Jamaica ao Caixa Futebol Campus. À chegada, outro momento alto quando a vista alcançou o complexo e o motorista se fez à abordagem da portaria. Era agora e estava quase! Era mesmo verdade que ali estava, mas quem seriam os jogadores e será que se lembravam das prendas pedidas e dos nomes todos? Afinal, eles eram jogadores importantes, e as crianças, apenas isso, crianças! Ainda por cima habituadas a menos do que gostavam e mereciam. Mas os nervos, que eram muitos, foram de pouca dura, e em menos de nada deram por si em plenas instalações do futebol num espaço mítico e luminoso, com tudo e brilhar de belo e de novo. Finalmente, a porta abriu-se, e entraram nada menos que Fejsa e Krovinovic carregadinhos de presentes com nomes de crianças, e lá foram chamando um por um, sem se esquecerem de ninguém. Pelo meio das prendas, a aquecer o ambiente, desfilaram, sorrisos, fotos e pequenas conversas destas crianças com os seus ídolos.
Foi inesquecível para todos este dia em que os jogadores foram magos, e os miúdos foram Reis!
Foi o remate do Natal passado e será assim no próximo e nos que hão de vir. Nos dias festivos e simbólicos, mas também no dia a dia nos hospitais, nas pediatrias, nas organizações, nos bairros e nas escolas, temos sempre a alma do Benfica a aparecer em forma de atleta ou jogador de futebol, das camadas de formação, às modalidades, à equipa B e mesmo ao plantel principal. É isto o Benfica que as pessoas amam e está sempre e cada vez mais perto delas!"
Jorge Miranda, in O Benfica
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