"No final de Junho, Portugal participou neste ano, pela primeira vez, nos Jogos do Mediterrâneo, um já tradicional magno encontro multidesportivo de atletas e equipas provenientes do que - à triste excepção de Israel - representa praticamente a totalidade dos países que dão margem ao seu mar comum. Convocada para a província de Tarragona, na comunidade autónoma da Catalunha, em Espanha, esta foi a décima oitava edição dos JdM que se disputam normalmente de quatro em quatro anos, desde a estreia em 1951, na região de Alexandria, no Egipto. A missão do nosso país foi organizada pelo Comité Olímpico de Portugal e constituiu-se de duzentos e trinta e três e três atletas oriundos de muitos clubes e associações, chamados a competir em vinte e nove das trinta e três modalidades, programadas nas suas respectivas múltiplas especialidades e declinações habituais.
No fim das contas dos Jogos e, em face de um contexto competitivo muito denso, no qual tradicionalmente apostam muito forte todos os grandes e pequenos países do 'mar do meio da terra', Portugal viria a quedar-se na 13.ª posição do 'medalheiro' dos Jogos do Mediterrâneo.
Mas nenhum outro clube português trouxe de volta um espólio tão expressivo de medalhas como aquele que os atletas do Sport Lisboa e Benfica lograram alcançar nas suas disciplinas e desportos, ao conquistarem oito das vinte e quatro medalhas 'portuguesas'. E, logo na ocasião do regresso da delegação nacional, Luís Filipe Vieira fez questão de assinalar o 'imenso orgulho' que os Benfiquistas têm no papel que desempenhamos no desporto português.
Eu sei como terá sido profunda e sincera a afirmação deste sentimento do presidente, a falar em nome de cada um de nós! Sobretudo, porque entendeu fazê-la, como que exprimindo um autêntico grito de alma, precisamente, na circunstância temporal do final de uma das épocas mais bisonhas e atípicas da nossa história recente, na qual, depois de uma década de constantes êxitos que asseveraram a completa hegemonia desportiva do Benfica, mais parecíamos estar, então, muitos de nós, acabrunhados e vencidos.
Oxalá que a oportuna palavra e a decidida acção de Luís Filipe Vieira, assim como os notáveis desempenhos dos campeões - Melanie Santos e João Pereira ambos com ouro, no triatlo); Joana Vasconcelos, Fernando Pimenta (os dois na canoagem) e Rui Bragança (no taekwondo) com medalhas de prata; e Teresa Portela (em canoagem), Diana Durões (na natação) e José Pedro Lopes, Diogo Antunes e Rafael Jorge (na estafeta 4x100m, masculina, em atletismo) conquistarem o bronze -, sirvam de inequívocos exemplos para todas as estruturas, equipas e seus companheiros, em todas as competições e torneios da nova época. No Sport Lisboa e Benfica jamais nos cansaremos de vencer!"
José Nuno Martins, in O Benfica
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