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sexta-feira, 24 de outubro de 2025

O Benfica precisa de Noronha Lopes e será esse o sentido do meu voto


"No sábado votarei em João Noronha Lopes. Sou, por feitio, insensível ao ruído das máquinas eleitorais, mas, há 25 anos, não fui insensível à máquina de trabalho que o muito jovem João Noronha Lopes revelou ser quando esteve ao meu lado na Direção do Benfica que derrubou o inominável presidente que me antecedeu. Mas antes de abordar este e outros temas que se prendem com o momento eleitoral do Benfica, deixem-me dizer-vos que constitui para mim uma emoção ver-me a escrever para o jornal que me acompanha desde sempre.
Segui mil glórias do Benfica através de A BOLA, primeiro como trissemanário, mais tarde como jornal diário. O tempo tudo muda e mudou o jornal A BOLA, renovando-se com novas gerações de jornalistas, mudei eu e mudou o Benfica, não na sua magnífica essência democrática e popular, mas na sua composição social porque a marcha do tempo é acompanhada pela sucessão de gerações em que os velhos dão lugar aos novos e é, exatamente, aos novos benfiquistas que quero falar aproveitando a generosidade com que hoje A BOLA me honra concedendo-me esta tribuna. Quanto aos que não são novos nem são benfiquistas, pois podem desandar porque o assunto não vos diz respeito.
O que pretendo dizer aos benfiquistas mais novos é que por muitos tormentos que tenha passado o nosso clube ao longo da sua História nunca lhe falhou a Democracia. Houve reveses? Houve. Houve maus passos? Sem dúvida que houve. Houve feridas que demoraram a cicatrizar? Evidentemente que sim. Mas tudo valeu a pena, os reveses, os maus passos, as feridas, porque o tempo e a dedicação dos sócios tudo emendou e emendará e foi esse o caminho que nos trouxe cada vez maiores até ao presente. Daí a importância de no sábado irmos todos votar. Votar é cumprir o Benfica. Eu, volto a dizer, voto sem hesitação em João Noronha Lopes. Porquê? Porque confio totalmente nele.
Não me inspira uma dúvida o seu carácter, a sua devoção ao clube e a sua extraordinária capacidade de trabalho. Digo isto porque esteve ao meu lado quando fui eleito presidente do Benfica na viragem do século. Embora tenha entrado como suplente foi um vice-presidente incansável desde o primeiro dia, uma verdadeira máquina de trabalho. Apesar da sua juventude, de João Noronha Lopes não esqueço nem posso esquecer como o seu contributo foi decisivo em dossiers muito importantes para o futuro do clube depois da desgraça que fora, a todos os níveis, o mandato do presidente anterior.
Deixem-me insistir, porque o momento é sério e a causa é justa, que os meus 50 votos vão para a lista F de Futuro com João Noronha Lopes presidente da Direção, com António Bagão Félix presidente do Conselho Fiscal e com Gonçalo Almeida Ribeiro presidente da Mesa da Assembleia Geral. E aos mais novos, a quem me volto a dirigir, posso garantir-vos que esta é uma lista que reúne o melhor do benfiquismo e da sociedade do nosso país. Apelo-vos a que não desperdicem a oportunidade de fazer eleger para os órgãos sociais do Benfica este conjunto de personalidades do mais alto gabarito nos patamares da competência, do profissionalismo, da ética e dos princípios.
Esta gente boa não marca golos, não, mas marcará os próximos anos da vida e do crescimento do Benfica com os valores e com as práticas que são a substância do maior clube português e dos seus milhões de adeptos. O Benfica, como associação imparável que é desde sempre, vive e engrandece-se através de ciclos.
No meu entender, o entender de quem já viu muitos ciclos nascer e desvanecerem-se, este atual ciclo do nosso clube que se iniciou com a remoção de Vale e Azevedo através da minha eleição, em 2000, e depois com as eleições de Luís Filipe Vieira, em 2003, e de Rui Costa, em 2021, este ciclo, repito, extinguiu-se, chegou ao fim. Como todos os ciclos teve as suas grandes e pequenas virtudes e os seus grandes e pequenos pecados, mas persistir no ciclo que acabou seria o pior que podia acontecer ao nosso clube em 2025.
João Noronha Lopes, que conheço desde sempre porque fui amigo dos seus pais e porque o vi crescer e transformar-se no extraordinário gestor e no admirável homem do mundo e no homem de família que é hoje, será um grande presidente do Benfica. Era isto também que pretendia dizer aos benfiquistas mais novos através da oportunidade que A BOLA hoje me concedeu. A sua paixão pelo Benfica não tem limites. É um homem de coragem que viverá todos os dias da sua presidência com um espírito de entrega e de missão inquestionáveis.
É um homem sério, um homem que merece a nossa confiança, que não hesitou em sacrificar o bem precioso da sua privacidade para evidenciar aos benfiquistas que não precisa do Benfica para viver e para se afirmar socialmente. Mas se o João Noronha Lopes não precisa do Benfica, creio que o Benfica precisa do João Noronha Lopes. É assim que eu, que já vi tantas coisas, vejo a situação atual no nosso clube e será esse o sentido do meu voto no sábado. João Noronha Lopes com toda a confiança."

1 comentário:

  1. Pois eu, ao contrário do signatário, depois de assistir ao andor onde a merda da comunicação social colocou o Noronha, a grande certeza que tenho, é que garantidamente este não serve para o Benfica. Dos restantes, será decidir saltar do lume, para a frigideira. Resta Rui Costa, e serão para ele os meu votos.

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