"A partir de dia 8 de novembro, data da segunda volta das eleições, todos têm de remar para o mesmo lado. E considero que não será difícil, basta seguir o líder. Sim, esse mesmo…
Finalmente! Sim, só assim podem qualificar-se as eleições do Benfica, agendadas para sábado. Foram semanas intermináveis de entrevistas, sessões de esclarecimento, comunicados, apresentações de programas, acusações… Falta só o debate, guardado para esta noite, na BTV. O nível, infelizmente, foi baixo, o que até considero natural face ao desgaste de tão longo período de campanha ou pré-campanha. Uma situação a rever pelos clubes, que nada beneficiam com estas situações.
O pior para os benfiquistas é que provavelmente o problema não vai ficar por aqui, já que não acredito que uma candidatura consiga a maioria dos votos. O que significa uma segunda volta. Ou seja, mais duas semanas de… campanha. Possivelmente ainda mais agressiva e ainda com menos ideias a serem discutidas. Tudo vai resumir-se à contabilização dos votos e aí, acredito, vai valer tudo. Com os dois candidatos que restarem a procurarem o máximo de aliados, nomeadamente entre os quatro derrotados. Basicamente, no domingo vai começar tudo de novo. Isto em nome de uma maior legitimidade para o presidente eleito exercer as funções.
Percebo a ideia dos sócios do Benfica ao aprovarem o novo regulamento eleitoral. Desejam, apenas, que as eleições terminem no dia em que o mais votado for eleito. Melhor: que o derrotado, ou os apoiantes deste, permita que o presidente governe com a maior tranquilidade possível.
Os benfiquistas não estavam habituados a estas situações há praticamente duas décadas, nas quais Luís Filipe Vieira foi rei e senhor, mas todos sabemos que não são propriamente uma novidade. Os sportinguistas, por exemplo, sabem bem o que isso é, já que até há bem pouco tempo o clube estava constantemente em erupção, com toda e qualquer Direção colocada em causa a qualquer mau resultado. Um período que terminou com a primeira eleição de Frederico Varandas, que, curiosamente, teve menos sócios a votarem nele que no derrotado João Benedito.
Valeu-lhe a antiguidade dos associados ser considerada, pois se fosse um sócio um voto, como sucede no FC Porto, teria perdido as eleições. Isso e, claro, os resultados. São estes que sempre ditam as regras. E são estes que, creio, vão decidir as eleições do Benfica. Se a equipa reagir bem à derrota em Newcastle, Rui Costa será reeleito, caso contrário haverá um novo presidente. É esta a minha convicção.
Paralelamente, considero que os encarnados têm um grande trunfo: Mourinho. A qualidade e personalidade do treinador são um grande escudo para qualquer um dos candidatos e obviamente não é por acaso que ninguém o questiona. Seja quem for o eleito, o treinador será Mourinho, isto apesar de ser uma escolha, e bem recente, de Rui Costa.
Mourinho é inquestionável e considero mesmo que só ele pode salvar a época desportiva do Benfica. Eleições em outubro — neste caso diria que em outubro e novembro — são mais um problema acrescido. Não há uma altura ideal para eleições, nomeadamente se a escolha dos sócios for mudar de rumo, mas o final de época, seja no fim de maio ou no início de junho, poderia minimizar a situação, já que permitiria a quem chega começar a implementar as ideias antes do arranque das competições.
Com o Sporting com as credenciais de bicampeão e o FC Porto a jogar o dobro da época transata, a tarefa dos encarnados é tudo menos fácil, pelo que necessitam, mais do que nunca, de unir esforços. O mesmo será dizer que a partir de dia 8 de novembro, data da segunda volta das eleições, todos têm de remar para o mesmo lado. E considero que não será difícil, basta seguir o líder. Sim, esse mesmo… José Mourinho."

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