"A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vai a eleições no final de 2024, Fernando Gomes, que atingiu o limite de mandatos, não poderá voltar a candidatar-se (mas continuará ligado ao futebol ao mais alto nível, como membro do Board da FIFA), e de há vários meses a esta parte têm ocorrido movimentações significativas, em busca do melhor posicionamento para lutar pela liderança da FPF, uma instituição sólida e credível, que depois de ter evoluído com Gilberto Madail, deu um salto quântico com o presidente cessante. Abreviando, a FPF, que passou a estar no mapa internacional, de forma constante, de alguns anos a esta parte, é um alvo altamente apetecível.
Tem sido evidente que a personalidade que surge como candidato mais sólido à sucessão de Fernando Gomes, que, recorde-se, transitou da presidência da Liga para a presidência da FPF, é Pedro Proença, atual presidente da Liga Portugal. O antigo árbitro tem sabido posicionar-se no seio dos clubes (foi reeleito há poucos meses), estes acabam por arrastar as Associações Distritais, e Proença, que está a criar uma estrutura cada vez mais sólida no organismo a que preside, alargando a sua influência e reconhecimento na cena internacional – e o Thinking Football Summit é disso um bom exemplo - tem sido visto como o mais bem colocado na corrida pela cadeira de sonho da Cidade do Futebol.
A entrada em cena de Luís Figo, antigo candidato à presidência da FIFA contra Sepp Blatter, pode baralhar contas que muitos já davam por fechadas. O antigo Bola de Ouro, figura incontornável não só do futebol português, mas também do mundo do desporto-rei, tem condições para reunir apoios, no microcosmo muito especial que é o colégio eleitoral da FPF, onde várias tendências estão representadas, com diferente peso de votos. Figo, para já, anunciando a sua disponibilidade para ponderar a possibilidade de se candidatar à presidência da FPF, sem marcar o golo decisivo, pelo menos aceita entrar em campo, o que não deixa de ser um desenvolvimento importante na luta que irá seguir-se.
E pode reforçar uma tendência que Rui Costa está a corporizar, e Vítor Baía pode vir a conhecer no futuro. O tempo dos grandes jogadores assumirem protagonismo na gestão do futebol está a chegar a Portugal, e haverá, neste momento, muita gente interessada em conhecer os planos de Luís Figo para a FPF, e aquilo que o poderá diferenciar da concorrência.
Simplificando, a transição serena de Pedro Proença da Liga para a FPF, que vinha a ser dada quase como incontornável, pode estar em vias de conhecer um adversário que brilha com luz própria..."
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