"O Filho Pródigo é provavelmente uma das parábolas mais conhecidas. Passe a alusão bíblica, lembrei-me desta parábola por ela contar a história do filho mais novo que, depois de esbanjar uma fortuna, regressa a casa arrependido e é recebido de braços abertos, reencontrando a felicidade e a tranquilidade. Estão a ver as semelhanças?
Estou, obviamente, a referir-me ao feliz regresso de Gonçalo Guedes, mas também à continuidade de Enzo no plantel do Benfica.
Começando pelo Gonçalo: não há muitos casos de jogadores que tendo saído por uma verba muito elevada (30 milhões) para jogar no PSG, passando depois pelas ligas espanhola e inglesa, regressem para jogar no clube de formação e de coração. A exceção famosa e conhecida foi, precisamente, Rui Costa, um exemplo de benfiquismo. Regressar, estrear-se com um único treino entrando na segunda parte para marcar um golo de belo efeito é a história perfeita. Magnífica parábola do futebol. Cinematográfico.
Mas também Enzo, não tendo chegado a sair, depois de atingir as alturas no Mundial esteve bem longe da casa onde joga (de cabeça pelo menos). E também aqui era uma fortuna colossal o que o podia ter afastado da Luz. A serenidade e a inteligência de Schmidt ajudaram ao regresso de corpo e alma e, mais do que pródigo, Enzo voltou a ser um prodígio a pautar todo o jogo do Benfica na vitória por 3-0, nos Açores. Dois verdadeiros anticiclones a serem determinantes num Benfica que termina a primeira volta de forma convincente, mostrando ter recuperado o ritmo de jogo.
Positivo: O Benfica a vencer bem nos Açores; a equipa feminina a golear no dérbi (5-0).
Negativo: Os inqualificáveis insultos a Nicolía, no Dragão Arena."
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