"Em 2018, a França venceu o campeonato do mundo de futebol masculino. Foi uma das equipas europeias mais etnicamente mistas. Kylian Mbappe, uma das estrelas da selecção francesa, nasceu nos arredores de Paris, filho de pais dos Camarões e da Argélia. Mbappe, em resposta à vitória, afirmou: “É a vida que queríamos, temos orgulho de fazer felizes os franceses”. O seu companheiro de equipa, Paul Pogba, um muçulmano de ascendência guineense, comentou: “É um sonho desde miúdo, espero ter deixado vocês orgulhosos”.
Com milhares de seguidores no Instagram, estes dois jogadores relataram as suas histórias, as jornadas que levaram ao sucesso da equipa e os seus sentimentos de pertença nacional. A música inovadora e emocionante de Stromae, um belga de ascendência congolesa e belga, também ganhou fama mundial.
A popstar tem milhares de seguidores no Instagram. Ele narra os aspectos da sua história familiar de migração, da sua identidade belga e (complexo) sentimento de pertença através da sua música e da autorrepresentação. Estes desportistas e ícone pop têm um enorme impacto junto do público. Eles oferecem uma narrativa colectiva de migração muito diferente das poderosas representações dos meios de comunicação social sobre os refugiados empobrecidos que chegam a uma Europa generosa ou sobre os muçulmanos fanaticamente religiosos com relações conservadoras de género que surgem desde 2000.
É necessário existirem projectos que identifiquem as ideias, os símbolos e as imagens que são repetidas(os) nas histórias das figuras como Mbappe, Pogba e Stromae. É preciso estudar o potencial destas narrativas (e de outras) para compreender as múltiplas e complexas perspectivas nas narrativas de migração, concentrando-se nos desportos e no entretenimento."
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