"Diz o povo, na sua imensa sabedoria quase sempre assente na experiência, que isto não é como começa mas como acaba. E tem razão. Aliás, a última época mostrou até que isto não é sequer como chega a meio. Ainda assim, não deixa de ser verdade que mais vale, sempre, começar bem do que começar mal. E, por isso, não pode deixar de dizer-se que deu ontem (ou voltou a dar, tendo em conta aquilo que fizera há uma semana, na Supertaça) o Benfica um enorme sinal de força, daquelas que devem motivar preocupação nos adversários. É verdade que não fez a águia uma exibição de encher o olho. Longe disso. E muito longe daquilo que já a vimos fazer com Bruno Lage. Aliás, convém até referir que só depois de o Paços de Ferreira ficar reduzido a dez conseguiram os encarnados cavalgar para outra goleada. Mas, ainda assim, mostrou o Benfica voltar com o mesmo ADN que ganhou depois da chegada de Bruno Lage: uma equipa que não poupa os adversários, uma equipa disposta a sempre mais, incapaz até de desacelerar quando as cosias estão resolvidas. É cedo para euforias, é verdade, mas dez golos marcados e zero sofridos em dois jogos.. podem os adeptos não ficar um bocadinho eufóricos?
Ainda para mais quando tinham visto, pouco antes, o FC Porto implodir em Barcelos, frente a uma equipa promovida (e logo dois escalões...) esta época. Muito mérito do Gil Vicente e de Vítor Oliveira, sim, mas também, como frisou Conceição, muitas culpas dos dragões, que parecem incapazes de disfarçar, este ano, lacunas que lhe eram apontadas há alguns meses. Foi só, mesmo, um mau começo?"
Ricardo Quaresma, in A Bola
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