"Portugal vai iniciar, no final de Outubro deste ano, a XIV Legislatura da Assembleia da República, que aprovará o Programa do XXII Governo Constitucional.
Na área que nos interessa, o Desporto, que sabemos nós do que são os programas eleitorais dos partidos, que se irão reflectir no programa de quem formar Governo?
Quem são os autores destes programas eleitorais partidários e que relação têm com aqueles que vão exercer a actividade executiva, tantas vezes resultado de uma combinação que pouco tem a ver com a directa participação no pensamento desportivo?
Que políticas dos programas eleitorais temos a garantia que são vertidas para os programas de Governo e, destas, as que vão ser efectivamente cumpridas?
Após vários anos os programas de Governo na área desportiva são um conjunto de princípios com que praticamente todos nos identificamos, mas a sua execução prática constitui-se na verdadeira pedra de toque que nos identificará mais (ou não) com a acção governativa nesta área.
É neste quadro que nos aproximamos do momento em que os primeiros textos são escritos por aqueles que, no âmbito de cada partido ou movimento, se entende como mais qualificado para essa redacção, que nem sempre garante que o programa de Governo seja idêntico, nem que a execução prática seja um desenvolvimento perfeito dessas poucas linhas dedicadas ao Desporto.
No documento de três anos de mandato do actual Governo, lemos que foram já iniciadas 90% das 1100 medidas preconizadas, mas pouco sabemos sobre o desporto. No capítulo “Construir o futuro”, fala-se de Cultura mas não se fala de Desporto.
Nada que surpreenda, os actores desportivos têm de fazer muito mais para que a voz de uma componente social tão relevante possa ter outro eco nos programas, nos balanços, nas actividades.
Impõe-se uma verdadeira acção de lóbi do movimento desportivo, que leve a que esta actividade social tenha o lugar e o espaço que todos reconhecem no momento da festa da vitória da equipa nacional ou de clube em provas internacionais.
A preocupação com as questões do Desporto não pode ficar pela espuma dos dias, como as questões disciplinares ou as movimentações de poder entre os Clubes de futebol.
Ficam aqui algumas áreas que, defendo, devem merecer um espaço digno e cuidado nos programas eleitorais e de Governo:
· Incentivo à prática desportiva
· Financiamento público e privado e respectivos critérios de distribuição pública
· Integridade das competições, defendendo a ética desportiva e combatendo a manipulação de resultados ou a dopagem, eliminando a violência nos recintos desportivos
· Defesa da igualdade de género, quer na competição, quer nas organizações desportivas
Exige-se ao movimento associativo que esteja atento a todas as jogadas ou movimentos e que tenha na mão o cartão com a cor adequada!"
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